“Urna” é um solo de dança que reflete sobre a relação entre o ser humano e a sua identidade social, sobre a sobrevalorização da consciência e sobre o corpo como produto objetificado. Em cena um corpo que se procura e que procura sentido para uma vida cheia de regras. Urna é o encontro entre um indivíduo à procura de instruções e respostas, e os dispositivos onde as procura - objetos inviolados à espera de serem profanados. Mas nesse jogo entre corpo e objetos, estes tornam-se indivíduo e o indivíduo torna-se objeto, perdendo-se todos os conteúdos da busca. Nunca saberemos o que procurava o indivíduo, nem o que poderia ter encontrado. Como se desconstrói o indivíduo informado cultural e socialmente, depois de entrar no loop das suas próprias cegas convicções? Camilla Morello foi uma das artistas participantes de Linha de Fuga 2018, onde participou com “Urna” numa fase embrionária. Um projeto que temos acompanhado e apoiado. E agora regressa à cidade onde tudo começou para apresentação da peça terminada. FICHA ARTÍSTICA Criação, textos e interpretação Camilla Morello Assistência à dramaturgia Sofia Freitas Abreu Cenografia, adereços e figurino Camilla Morello Construção de adereços e cenografia Franco Bosco, Camilla Morello e Anabela da Costa Moreira Aconselhamento artístico Francisco Camacho Desenho de luz Feliciano Branco Sonoplastia Flávio Rodrigues Registo vídeo Fábio Coelho Consultoria maquilhagem Anna Arnone by Tinoco Apoios e residências Fundação GDA - Estúdios Victor Córdon - Linha de Fuga - Companhia Instável – Companhia Olga Roriz – Atelier Real - EIRA – Berma - (Re)union Coprodução Companhia Instável e Teatro Municipal do Porto Agradecimentos Alexandre Valinho Gigas, Catarina Saraiva, Mickaël de Oliveira, Paolo Taccardo, Gianmaria Fioriti, Co-dance, Patrick Clark, Maria Inês Marques Teasers e Captação de imagem Ana-Maria Basto – Assistência Sebastião Duarte Almeida Imagens Joaquim Leal, José Crúzio, Sinem Tas, Pedro Sardinha Fotografia para divulgação Camilla Morello, Paolo Taccardo, Patrick Clark BIO Camilla Morello Formada em interpretação pela Scuola Nazionale di Cinema, em Roma, licenciada em Antropologia pela Universidade La Sapienza e Université 8, Paris, Camilla Morello estudou com Jean-Paul Denizon, Olga Roriz, Francisco Camacho, Vera Mantero, João Fiadeiro, João Garcia Miguel, Thomas Hauert, Miguel Pereira, Sergi Fäustino e Rui Catalão. Trabalhou com Miguel Moreira, Tamara Cubas, Miguel Pereira, Catarina Câmara, Lucía Nacht, Maurícia Neves, Dinarte Branco, Mickaël de Oliveira e Nuno M. Cardoso. "Uma peça dançada - abordagem semi-séria do vazio" (Teatro Black Box, Centro Cultural de Belém, Lisboa) foi o seu primeiro solo, seguindo-se “Urna” (2018), apresentado em forma de work-in-progress no MoitaMostra, Festival Reunion - Espaço Alkantara e Linha de Fuga Coimbra, com estreia no Teatro Municipal Campo Alegre (Palcos Instáveis, 2020), e “Common Land” (Crew Hassan, Lisboa, 2018). Convidada pelo Festival Cumplicidades, no âmbito do programaTandem Shaml Programme, cocriou “Documenting Questions” nos Estúdios Victor Córdon, com Inês Campos, Mohamed Abdelkarim e Mostafa El Barrody. Criou o trabalho fotográfico “Enclosures” e a videoinstalação “Dissonances”, no programa Projeções do Balleteatro (Coliseu Porto Ageas). Com Sezen Tonguz, Daria Kaufman, Beatrice Cordier, Julia Salem, Ana Correa e Julia Salaroli, fundou Co-dance, coletivo não hierarquizado de jovens criadores. Dá aulas de dança e movimento criativo na Escola Básica Luís António Verney no bairro Madre de Deus e no Dá-te ao Condado, projeto de intervenção social implementado na Zona J.