YERMA e DESTRUIÇÃO DE SODOMA integram TRILOGIA DRAMÁTICA DA TERRA ESPANHOLA, de Federico García Lorca, espectáculos encenados por António Pires e recém-estreados nas vésperas do último confinamento de Janeiro, regressam ao Teatro do Bairro e à Galeria Graça Brandão, entre 3 e 7 de Maio, para mais cinco apresentações. Reagendada para Janeiro e Fevereiro de 2021, na sequência do primeiro confinamento em Março de 2020, TRILOGIA DRAMÁTICA chegou à cena com apenas 4 sessões de Yerma e Destruição de Sodoma. Yerma e A Destruição de Sodoma são os dois primeiros espectáculos de Federico García Lorca que António Pires encenou de Trilogia Dramática da Terra Espanhola, um ciclo que inclui ainda Bodas de Sangue, em cena até 30 de Abril no Teatro do Bairro. A Trilogia Dramática da Terra Espanhola é apresentada como um ciclo de três espectáculos, assegurada pelo mesmo elenco, como se de uma única obra se tratasse: um enorme desafio para os 12 actores, que implica dificuldade e resistência mas que dará ao público a dimensão da unicidade da obra. Bodas de Sangue, Yerma e Destruição de Sodoma constituem o projecto dramatúrgico com o qual o poeta e dramaturgo andaluz pretendia renovar, para a cultura mediterrânica, o género trágico. A tragédia que deveria ir para além da “poesia que se levanta do livro e se faz humana”, devendo antes partir das pessoas reais, ser o concreto da humanidade transformado em literatura, em teatro, em poesia. Bodas de Sangue é a tragédia da infidelidade, da paixão e do desejo, em conflito com as regras do dever, do tempo e da sociedade. Já Yerma, a que Lorca chamou “poema trágico em três actos e seis quadros”, é a tragédia da mulher estéril. A Destruição de Sodoma, que Lorca teria querido como terceira peça da trilogia, chegou até nós apenas como uma página com algumas linhas de diálogo essencialmente coral, o que nos deu pistas para uma apresentação que cruza as artes cénicas com as artes plásticas. António Pires apresenta o ciclo de três espectáculos, como se de uma única obra se tratasse, como um corpo artístico, único e complexo, assegurado pelo mesmo elenco de 12 actores, o que dará ao público a dimensão da unicidade da obra. Em ano em que a companhia do Teatro do Bairro escolheu a Arquitectura como disciplina para estabelecer o diálogo entre o Teatro e as diversas artes, convidámos os arquitectos João Mendes Ribeiro,- que há muito desenvolve um trabalho regular com a companhia -, João Nunes e Iñaki Zoilo, e ainda Manuel Aires Mateus e o Atelier Sia Arquitectura para pensarem os espaços cénicos desta Trilogia. M/12anos Ficha Artística Encenação ANTÓNIO PIRES Com ALEXANDRA SARGENTO, CAROLINA CAMPANELA, CAROLINA SERRÃO, CÁTIA NUNESFRANCISCO VISTAS, HUGO MESTRE AMARO, JAIME BAETA, JOÃO BARBOSA, JOÃO MARIA, MARINA ALBUQUERQUE, MARIANA BRANCO, RITA DURÃO Texto FEDERICO GARCIA LORCA Tradução ORLANDO VITORINO e AZINHAL ABELHO (Yerma) LUÍS LIMA BARRETO (A Destruição de Sodoma) CECÍLIA MEIRELES (Bodas de Sangue) Música PAULO ABELHO e JOSÉ AVELINO Cenografia JOÃO NUNES e IÑAKI ZOILO (Yerma) JOÃO MENDES RIBEIRO (A Destruição de Sodoma) MANUEL AIRES MATEUS e SIA ARQUITECTURA (Bodas de Sangue) Figurinos LUÍS MESQUITA Desenho de luz RUI SEABRA Assistente de Luz ZECA CAMACHO Desenho de som PAULO ABELHO Assistente de som JORGE FERREIRA Movimento PAULA CARETO Assistente de Encenação MIGUEL BARTOLOMEU Caracterização IVAN COLETTI Costureira ROSÁRIO BALBI Assistente de Figurinos ROBERTA AZEVEDO GOMES / CATARINA VICENTE Construção cenário FÁBIO PAULO Assistente de construção – ROBERTO MOTA Apoio de cena – AFONSO LUZ Bilheteira SOFIA ESTRIGA Ilustração JOANA VILLAVERDE Fotografias de Cena MIGUEL BARTOLOMEU Direcção de produção IVAN COLETTI Administração de produção ANA BORDALO Comunicação MARIA JOÃO MOURA Produtor ALEXANDRE OLIVEIRA Produção AR DE FILMES / TEATRO DO BAIRRO Co-produção TEATRO MUNICIPAL SÃO LUIZ e GALERIA GRAÇA BRANDÃO