Pierre Étaix trabalhou com Jacques Tati no início dos anos 1950 (como designer gráfico e como assistente de realização em Mon oncle) e estreia-se como ator-realizador em nome próprio com esta curta-metragem. Em Rupture, um amante acidentado tenta responder a uma carta de amor, acabando condenado por um processo de desfiguração fotográfica. Já A Caça Revoluções centra-se no dilema da distância fotográfica da memória: a extrema proximidade desfoca, mas ao longe tudo parece mortiço. A realizadora Margarida Rêgo estabelece um espaço onde o arquivo fotográfico retoma o seu sentido original, longe da fatuidade dos registos, e próximo da sua afetuosidade.
Também Gonçalo Robalo constrói todo um filme a partir de um conjunto de fotografias, e das memórias que estas lhe despertam. O realizador elenca, por ordem cronológica, todos os mortos e todas as mortes a que assistiu ao longo da sua vida e que o marcaram indelevelmente. Por fim, Chris Marker, cineasta tantas vezes lembrado pelo seu recurso à imobilidade fotográfica, é aqui convocado através de um dos seus últimos filmes (e também dos menos conhecidos). Dedicado à fotógrafa Denise Bellon, o filme foi corealizado com a filha desta, Yannick Belon. Construído integralmente a partir de fotografias, Le souvenir d’un avenir mergulha no enorme acervo da fotógrafa, que foi uma das fundadoras da agência Alliance-Photo. Marker e Belon trabalham estas imagens como forma de convocar a presença de um olhar.
Casa do Cinema Horário: 18:30 Acesso: 3€; Estudante/Jovem, Maiores de 65 e Amigos de Serralves: 1,5€ O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.
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