10:00 até às 23:00
Onde o Silêncio É Maior / Exposição Coletiva de Pintura

Onde o Silêncio É Maior / Exposição Coletiva de Pintura

Inauguração 6 de maio às 21h30

Je suis, j’exist (Descartes, Meditações Metafísicas, 1641)

Sou, existo… de mim para mim, de mim para os outros, de um todo sem fim.
Sou do tempo do meu tempo, aquele que a inexistência buliu em mim e que a matéria imprimiu na minha história e na história dos outros que em mim habitam.
Caixeiro viajante de MIM, transporto memórias para além do que sou e do que fui, memórias de uma vida que construí numa ébria sede de criação de mim mesmo. Avanço em caminhos que trilhei, paisagens que senti, aromas que me impregnaram um dia, na vã tentativa de saciar a fome de me recriar… mas continuo faminto e sem norte, olvidando retratos imaginários de um passado não vivido, mas que almejo reviver…

Pedro Ramos revive, assim, os recantos das suas memórias fragmentadas, pelo tempo da carne e do ego. Regressa a paisagens marítimas do tempo passado e das emoções às quais quer tornar, para voltar a sentir… Mas a nostalgia não caminha só. Carrega consigo o peso do agora, das paisagens que povoam as suas memórias, vividas e imaginárias, subjugadas à desconstrução imposta pelo tempo dos homens. Imerge, assim, a preocupação ambiental de perpetuar as imagens da memória, límpidas e imaculadas. Teme, o pintor, a erosão da matéria corpórea e metafísica…
Retratos desvanecem-se em sépia e outros tons bucólicos, num vaivém de marés, que embalam emoções, quando nelas mergulhamos. Prevalece a união entre o horizonte e o mar, símbolo do inalterável e intocável infinito.

Filipe Romão regressa às paisagens, fruto de um imaginário bucólico, melancólico, delicado e de anseio de leveza, cuja memória é parte integrante no processo de criação. A mão pronuncia-se num movimento de «triunfo sobre o nada», conducente a uma possível semelhança com uma qualquer realidade… Inquieta-se o ser, numa tomada de tentativa e erro, almejando imagens que remetam ao silêncio, à quietude, à luz e à sombra, à ausência, numa busca incessante de lugares sem Homem (neste último caso mais vincadamente na série “Dos Lugares Onde Nunca Estive”).
São retratos de uma perceção interior, ou de uma «segunda natureza», que se recria a ela própria, convocando e questionando a matéria de que é feito o instante que se torna paisagem.

Une-se o mar e a terra, num abraço interior entre artistas, num lugar Onde o Silêncio é Maior.






Contacto: Centro de Exposições de Odivelas

Fonte: https://www.cm-odivelas.pt/conhecer-odivelas/agenda-municipal/todos-os-eventos/evento/onde-o-silencio-e-maior-exposicao-coletiva-de-pintura
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