29 Junho terça 17h Mariana Pinho, Nuno Leão, Vasco Santos Acid communism, ou o desejo de inventar um (outro) futuro Mark Fisher, crítico cultural, blogger (assinando com o nome de K-punk) e voz influente nos debates da esquerda anglo-saxónica da última década, é ainda hoje conhecido pelo impacto do seu primeiro livro, Capitalist Realism (2009). Aliando um registo teórico sofisticado e análises no âmbito da cultura pop, Capitalist Realism incidia sobre a nossa incapacidade (patológica, segundo Fisher) de imaginar em conjunto um futuro para além daquele que nos reserva, para o bem e – cada vez mais – para o mal, o capitalismo tardio. O seu segundo livro, Ghosts of My Life, uma recolha de textos de crítica musical, focava o outro lado desse impasse: uma cultura que funciona em “modo nostálgico”, na qual o tempo parou. Acid Communism, título que daria nome ao último livro (deixado inacabado) de Mark Fisher, propõe uma inversão de perspetiva: à ênfase “anticapitalista”, opõe o foco numa visão de um mundo pós-capitalista. Trata-se de partir da “nossa capacidade coletiva de produzir, cuidar e desfrutar”, que o projeto neoliberal, empenhado ao longo dos últimos 40 anos em exorcizar “o espectro de um mundo que podia ser livre”, visaria essencialmente obstruir. O que passará por regressar aos anos 1960 e 1970, reavaliando a contracultura e a sua ética antitrabalho enquanto laboratório de experimentação política cujo potencial espera ainda para ser reativado. Ao longo de 2021, um conjunto de sessões propõe conhecer e pensar em conjunto textos, livros e ideias de Mark Fisher. Nesta primeira sessão, partimos do livro Realismo Capitalista. Entrada livre (sujeita à lotação) Inscrições Encerradas Duração: 2h Imagem: Bruno Caracol Apoio: Galerias Municipais e IHC, FCSH. O IHC é financiado por fundos nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Mark Fisher, cultural critic, blogger (under the name K-punk) and an influential voice in left-wing debates over the last decade, continues to be known today for the impact of his first book, Capitalist Realism (2009). Having died before finishing his last work, Acid Communism, Fisher left behind a sophisticated theoretical record, often alternated with studies about pop culture, which questioned how the neoliberal project obstructed “our collective ability to produce, care and enjoy”. Throughout 2021, a set of 4 sessions challenge us to discover and think about a selection of Mark Fisher’s texts, books and ideas.
