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B Fachada

B Fachada

Grátis
M/06
Bilhete Gratuito
Entrada pelas portas A (1ª plateia) e B (2ª plateia)

Concerto integrado nas comemorações dos 47 anos do 25 de Abril de 1974

Escreve canções que dão mostras de ser recebidas como ciência social, mas o inverso também é
verdadeiro. Tem muitos descendentes, mas é mais que a soma dos por si influenciados. Na música
popular portuguesa do século XXI não há outra figura como B Fachada, o nome artístico de Bernardo
Fachada, compositor, multi-instrumentista, produtor. Nascido em 1984, estudou música no Instituto
Gregoriano de Lisboa e aprendeu piano. Mais tarde, frequentou a escola do Hot Clube de Portugal e,
na Universidade, cursou Estudos Portugueses. Desde 2007 tem-se notabilizado por um espantoso, e
até certo ponto impiedoso, ritmo de edições, através do qual frequentemente subverte o cânone e
converte os dogmáticos, baralha as expetativas e expetora a maralha, coça rótulos, caça ruturas.
Entre formatos físico e digital, lançou cinco EP (destacando-se o remoto “Viola Braguesa”, uma
reflexão sobre o conceito da tradição e suas traições, ou o split com as Pega Monstro, de 2015, em
reflexo da amizade e acuidade estética), três mini álbuns charneira (“Há Festa na Moradia”, que teve
edição física em vinil, “Deus, Pátria e Família”, que aparentou parar o país, e “O Fim”, com que
anunciou uma pausa sabática) e sete registos de longa-duração (da discussão das questões de
moral associadas ao universo infanto-juvenil de “B Fachada é Pra Meninos” ao manifesto de pop
batumada que foi “Criôlo” passando pelo homónimo de 2014, criado com recurso a samples
burilados, programações barrocas, batidas apátridas, chegando à obra-prima “Rapazes e
Raposas” lançada sem aviso prévio neste ano biruta de 2020). O seu impacto conjunto testa os
limites daquilo que, neste domínio, se entende por produção cultural.
Entre 2009 e 2012, fez também parte da banda Diabo na Cruz, com a qual percorreu o país de lés a
lés. Ainda em início de carreira, o realizador Tiago Pereira dedicou-lhe o documentário “Tradição Oral
Contemporânea”. Com Minta e João Correia lançou uma versão integral do álbum “Os
Sobreviventes”, de Sérgio Godinho, com quem já atuou ao vivo. Dividiu igualmente palcos com Dead
Combo, Lula Pena, Manel Cruz, Manuela Azevedo, Márcia, Norberto Lobo, Nuno Prata ou Samuel
Úria. Fez primeiras partes para Kurt Vile e Vashti Bunyan. Tocou ocasionalmente fora de portas, em
Berlim, Barcelona ou Praga, mas nunca foi ao Brasil, onde possui uma dedicada legião de fãs.
Apresentou-se nas mais emblemáticas salas de espetáculo portuguesas, mas muitos recordam com mais carinho as atuações divulgadas em cima da hora, em inesperados espaços que continuamente esgotam. E além de se ler tudo o que sobre a sua carreira foi escrito – num dossiê de imprensa sem paralelo entre os seus pares – ou de se testemunhar o ato de comunhão em que se transformaram os seus concertos, basta seguir as sedes virtuais em que opera para se compreender tratar-se de um autor tão ouvido quanto vivido. Talvez por isso se diga que a sua obra é indistinguível de quem a consome. Ou que biografia e alegoria são inseparáveis na sua contundente escrita. Mas, se perto de uma década de atividade artística profissional independente sugere alguma coisa é a de que, como
poucos, Fachada está interessado em questionar convenções no seu próprio tom, no seu próprio tempo, nos seus próprios termos.
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