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Matosinhos à Conversa

Matosinhos à Conversa

Dedicatória a Egito Gonçalves

No próximo dia 20 de março, às 18h00, véspera do dia Mundial da Poesia, a Câmara Municipal de Matosinhos marcará encontro nas plataformas digitais para lembrar a o poeta matosinhense, Egito Gonçalves. Jorge Velhote e Manuel Alberto Valente, seus amigos e correligionários da poesia, estarão à conversa, em torno das vivências de uma das figuras centrais da intervenção cultural na segunda metade do século XX. Junta-se-lhes mais um poeta, Renato Filipe Cardoso, para guiar a conversa. A sessão será transmitida no Facebook da autarquia e contará ainda com a presença da Presidente da Câmara, Luísa Salgueiro.

Egito Gonçalves

Poeta português. Iniciou a sua obra literária em 1950 com o livro "Poemas para os Companheiros da Ilha", logo seguido de "Um Homem na Neblina". Publicou, ainda, os livros: "A Evasão Possível" (1952), "O Vagabundo decepado" (57), "Memória de Setembro" (57), "A Viagem com o Teu Rosto" (58), "Os Arquivos do Silêncio" (63) "O Fósforo na Palha" (67), "O Amor desagua em Delta" (antologia, 71) e "E no Entanto Move-se" (95).

Nasceu em Matosinhos, estudou eletrotecnia, interrompeu os estudos para prestar serviço militar nos Açores em plena guerra mundial e regressou ao Continente e ao Porto onde, entre empregos diversos, conciliou a sua vocação poética com a intervenção política.

O seu poema "Notícias do Bloqueio", escrito em 1952, constitui um verdadeiro símbolo da oposição ao regime salazarista e traduz a empenhada intervenção política e cívica do poeta, bem notória quer antes, quer depois do 25 de abril.

Egito Gonçalves foi um homem de cultura que, para além da poesia, intervinha nas pequenas e grandes causas, sempre ligado ao movimento associativo e cultural da cidade e do país, sempre disponível para dirigir e animar instituições como o Teatro Experimental do Porto, a Cooperativa Árvore, o Cineclube do Porto, a Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, a Sociedade Portuguesa de Autores.

Premiado com frequência, inclusive por academias e instituições estrangeiras, foi-lhe outorgado em 1995 o Prémio de Poesia do Pen Clube, bem como o Grande Prémio de Poesia de Associação Portuguesa de Escritores pelo seu livro «E no Entanto Move-se». Tendo recebido diversas condecorações, foi em 1994 agraciado pelo Presidente da República com o Grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.

Egito Gonçalves esteve ligado a várias revistas poéticas das muitas que surgiram nessa altura. Publicou alguns poemas seus na Távola Redonda, dirigiu A Serpente e fez parte da direção da Árvore. Nos seus livros seguintes, A Viagem com o Teu Rosto (1958) e Os Arquivos do Silêncio (1963), assim como em muitos outros, nota-se uma tentativa para conjugar o lirismo da sua poesia com um compromisso político e ideológico. Nos seus livros mais recentes — Falo da Vertigem (1983), Dedicatória (1989) e E No Entanto Move-se (1995) — nota-se uma certa propensão memorialista, pelas constantes alusões a lugares que conheceu ou a acontecimentos que presenciou.

Fonte: http://www.cm-matosinhos.pt/servicos-municipais/cultura/agenda-cultural-da-amp/evento-79/matosinhos-a-conversa-86
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