(...) and low for another at her window another like herself a little like another living soul one other living soul at her window … (Rockaby, Beckett)
Tempo e morte. Tempus fugit. Falar nos intervalos da morte: numa cadeira ou numa urna pré-funerária, em toda a parte. O homem é o único animal a quem foi dada a linguagem e com esta a possibilidade de povoar o mundo de nomes, cognomes, regras. Babel, a torre das línguas, nunca desapareceu - porque o gesto da fala pede o exercício da escuta e a palavra é o poliedro novariniano. Entre a tragédia de existir e o abismo de desaparecer, Beckett escolhe doar-nos, malgré tout, figuras humanas, vozes e rarefação. Face à morte, falar. Pode o teatro ser ainda esta ágora a meio caminho do verbo criador e da morte? Cremos que sim, eis-nos aqui. — Renata Portas
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