Teatro Municipal Joaquim Benite (CTA Almada)
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A força do hábito Texto de Thomas Bernhard Encenação de Nuno Carinhas Teatro das Beiras Garibaldi, director tirânico de um circo, esforça-se em vão para que a sua trupe toque com perfeição A truta, de Schubert. Mas os incidentes acumulam-se, num gague circense de tentativas desesperadas para tocar em conjunto. Aparentemente, a única coisa que conseguem fazer é destruir quotidianamente a obra prima do compositor (não por acaso) austríaco. Porém, é preciso ensaiar – todos os dias ensaiar. Ensaiar como forma de enfrentar a morte. “Não resta senão entrar com o arco a tocar pela morte adentro”, diz Garibaldi. Thomas Bernhard (1931-1989), cuja escrita fixou com brilho e modernidade a circularidade robusta das obsessões, fez em A força do hábito «um retrato de artistas relutantes. Exilados, ambulantes, os artistas odeiam se entre si, não se entendem, embora precisem uns dos outros para tocar em conjunto, para continuarem vivos. Sentidos alerta: um passo em falso e é a morte do artista. De terra em terra, de estação a estação, a viagem com esperança no infinitamente difícil, no inatingível. Uma homenagem de Bernhard às gente do teatro, do circo e da música, com verrina e ternura.» (Nuno Carinhas) Nascido em 1974 na Covilhã, o Teatro das Beiras – originalmente concebido como um projecto de descentralização teatral para a Beira Interior – profissionalizou-se em 1994. Com base na tradução assinada por Alberto Pimenta, esta criação de A força do hábito assinala uma dupla estreia de Nuno Carinhas: trata-se da primeira vez do encenador à frente do elenco do Teatro das Beiras e, em simultâneo, da sua primeira encenação de um texto de Bernhard. Também pintor, cenógrafo e figurinista, Carinhas dirigiu o Teatro Nacional São João (TNSJ) entre 2009 e 2018. Tradução: Alberto Pimenta Cenografia e figurinos: Luís Mouro Apoio musical: Maria Gomes e Rogério Peixinho Desenho de luz: Fernando Sena Interpretação: Fernando Landeira, Roberto Jácome, Sílvia Morais, Susana Gouveia e Tiago Moreira Operação de luz e som: Hâmbar de Sousa Carpintaria: Pedro Melfe Produção: Celina Gonçalves ------------------------------------------------------------------------------ Teatro Municipal Joaquim Benite Sala Experimental 17, 18 e 19 Março qua, qui e sex às 21h00 80min. M/12
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