12:00 até às 23:59
Abertas as candidaturas para o Unfinished #BattleGround OpenLabs 2021

Abertas as candidaturas para o Unfinished #BattleGround OpenLabs 2021

Estão abertas até 12 de fevereiro as candidaturas para os Unfinished #BattleGround OpenLabs, uma plataforma que pretende construir experiências, instrumentos e perspectivas a partir do trabalho de artistas cujo percurso questiona o corpo como contexto político. 

Com curadoria de Pedro Prazeres, os OpenLabs 2021 acontecem entre 27 de março e 1 de abril, no Armazém 22, Gaia. Esta semana de laboratório integra como convidados artistas e pensadores de contextos sociais, artísticos, políticos e territoriais específicos em que o corpo é o meio de comunicação e de intervenção artística. Devido ao contexto de pandemia global, a 3ª edição do Unfinished, prevista para julho de 2020, transformou-se numa conversa online entre alguns dos artistas convidados que pode ser visionada aqui.

A edição da Primavera 2021 irá acontecer de 27 março a 1 de Abril 2021 no Armazém 22, em Vila Nova de Gaia. Durante esta semana teremos connosco um grupo de cinco artistas de diversas áreas, convidados para partilharem a forma como cada um integra no seu trabalho artístico o corpo como contexto político, o corpo como campo de batalha.  Contaremos assim com a presença de Ana Rocha, Carolina Martins, Jao Moon, Peter Pleyer e Sherwood Chen. Tal como cada participante, este grupo de cinco artistas irão estar numa semana de laboratório criativo. 

Cada dia dos cinco primeiros dias do Open Labs será conduzido por um artista e, seremos assim todos convidados a entrar no universo artístico que cada um compõe através das suas práticas, questionamentos e motivações e aí encontrarmos os nossos universos. O dia será organizado por uma prática de corpo matinal e uma prática criativa durante a tarde. No último dia, 1 de Abril, o Unfinished#Battleground abre as suas portas ao público numa partilha informal do que foi atravessado durante a semana. 

PROGRAMA GERAL
OPEN LABS
27 -31 Março: 10:00-13:00 e 14h:30-18:30

MOSTRA OPEN LABS 
1 de Abril: 10:00-13:00 Preparação Artistas/Formandos & 16:00-18:00: Partilha Pública dos Trabalhos

“Unfinished #BattleGround é um campo de ação onde o corpo como contexto político é posto a nu. Corpo como sujeito, ferramenta e objeto do ato performativo, na sua relação com o tempo e espaço, através de práticas físicas e energéticas no contexto político atual. Tem como objetivo principal o trabalho artístico inserido num território desafiante e complexo, propício à experimentação, aprofundamento de processos criativos individuais, e fomentar colaboração no processo criativo individual e coletivo.” 
Pedro Prazeres, curador

PROGRAMA DIÁRIO
27 Março // Peter Pleyer
"Como criar a complexidade em todo o corpo-dançante e no conjunto que não seja prescrito, mas que possa emergir do momento? Como trabalhar "mais perto do cerne do corpo", "mais perto das articulações"? Como estabelecer uma fundação de mulheres destemidas, mágicas e homens queer na história da dança, indivíduos dispostos ao risco de se partilharem fisicamente na dança?"

28 Março //  Ana Rocha 
"O que são esses lugares de multidão, como pode ocorrer a ocupação desse coro e de que modo se movimenta como coletivo na instabilidade e na urgência mutável da atualidade contemporânea?" 

29 Março // Jao Moon
“Partindo de histórias pessoais para histórias políticas e sociais, estou interessado em desenvolver o corpo de uma forma não-categórica, investigando como criar material com o conhecimento que adquirimos do nosso contexto. Quando representar o seu corpo é a única forma de estar presente no seu próprio contexto, como criamos espaços quando o espaço não foi feito para nós? Que estratégias emergem da porfia?”

30 Março // Carolina Martins
"Se um corpo consegue ser, a um só tempo, um sítio móvel e um alienígena imóvel incapaz de se relacionar com o que o envolve, de que forma está a ser incorporado nas mais recentes comunidades fechadas ou privatopias?”

31 Março // Sherwood Chen
“Como intuímos a informação ancestral inscrita nos nossos ossos (como estratégia) para afirmar estados enraizados e porosos (como estratégia), para atravessar paisagens culturais e sócio-políticas em constante reconfiguração? Como ensaiamos teatros íntimos de colapso e perdição com uma lucidez exuberante, através do prisma poderoso e familiar dos nossos corpos? Filamentos diáfanos em queda livre até ao delicioso, lentamente. “


Destinatários:
O Unfinished #BattleGround OpenLabs dirige-se a profissionais que tenham como principal preocupação no seu trabalho o corpo em performance nas suas componentes física, mental e energética. Convidam-se como participantes, investigadores e artistas envolvidos das áreas das artes performativas, plásticas/ visuais e de cruzamentos artísticos. Incentivamos os participantes a trazerem o seu próprio trabalho em processo, no entanto não é uma premissa obrigatória. 

Saber Mais: Unfinished
O Unfinished é uma plataforma internacional para a discussão, criação e apresentação de trabalhos de investigação, pesquisa e experimentação na área das artes performativas, e tem como objetivo a criação de espaços de trabalho, apresentação e discussão, entre pares e diversos públicos, de trabalhos em processo, permitindo uma maior permeabilidade entre os diferentes tempos implicados na criação contemporânea e criando um espaço onde o teste e o erro fazem tanto parte do processo de criação.

Em tempos atípicos de confinamento e isolamento social, mais que nunca, o pensamento artístico não se pode abster do pensamento político. Em Unfinished BattleGround - o corpo como batalha - questionamos, juntos, o poder da performance artística como agente social de mudança.


CURADORIA
Pedro Prazeres (Portugal / França)
Situa dança e paisagem numa relação simbiótica de conhecimento cruzado. Arquiteto paisagista e coreógrafo à vez, o seu trabalho encaixa na intersecção de ambos os processos criativos e entrelaça a sua prática artística na relação entre o lugar, o sujeito, e o etéreo. Para ele, paisagem e dança ressoam através de uma abordagem sensorial, proprioceptiva e intuitiva. Pedro cria instalações de dança e performances que apresenta em festivais internacionais em museus de arte contemporânea, em locais não convencionais e ainda em paisagens urbanas e rurais. Salienta como obras mais pertinentes no seu percurso as danças/instalações Velvet Carpet (Vivarium Festival 2019), Talking Lazaro (DDD 2017), Eu-Globulus (Serralves 2016), Desire-Lines (Festival Cumplicidades 2015) e Transhumance H+ (FIDCU 2012). Como o Homem transforma o ambiente em que se insere e como esse ambiente transformado o condiciona, é uma das questões centrais no seu trabalho.

Tendo em conta a pertinência da sua investigação artística e de modo a revelar diferentes modos de operação artística, os artistas convidados para enquadrar o Open Labs 3ª Ed. Spring 2021 são os seguintes:


ARTISTAS
Ana Rocha (Portugal)
Curadora, coreógrafa, performer, produtora, dramaturga e escritora. Estudou História da Arte, Arte Contemporânea e Artes Visuais em diferentes instituições portuguesas. Faz formação em práticas de coreografia e movimento desde 2005. Colaborou na produção de diversos festivais (Festival da Fábrica, Alkantara Festival e Serralves em Festa). Membro da Soopa\OOPSA, Arco da Velha, Cão Danado & Cia. Co-dirigiu e fundou MEZZANINE (2009-2017). Como criadora apresentou, "Open Season"(Porto e Berlim), "Fraud by Nature" (Berlim) e "Stabat Mater Furiosa" (Porto). Foi bolseira DanceWeb - Impulstanz'12. Concluiu o SPCP de Deborah Hay, "Dynamic" em 2012. Membro Transfabrik - 2013, projecto transdisciplinar sobre escrita e crítica nas artes do espectáculo. Deu formação no Balleteatro, Tanzfabrik, ENSBA Lyon e FBAUPorto. Ana faz mediação cultural e programação nacional e internacional (TAMANHO M \ Mira Artes Performativas, Ateneu Comercial do Porto, Cultura em Expansão \ CMPorto, To School Out of School \ Colectivos PLÁKA, TanzCongress Dresden 2019, TRANSLOCA, e outros contextos). Entre criadores nacionais e internacionais, colabora regularmente com Meg Stuart desde 2011.


Carolina Martins (Portugal)
Licenciou-se em Estudos Artísticos (Cinema) e fez uma Pós-Graduação em Estudos Literários e Culturais na Universidade de Coimbra, onde está a concluir uma tese de Doutoramento intitulada “Leitura Aumentada: combinações espaciais nas instalações de narrativas gráficas”. Trabalha com dança contemporânea desde 2013. Produziu a edição zero do Cumplicidades - Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa e é actualmente produtora na Sekoia - Artes Performativas. Enquanto artista, move-se entre a palavra e a imagem, tendo um particular interesse pela fotografia e pela colagem. O seu último trabalho é a instalação interdisciplinar “VAST/O”, uma reflexão sobre sentir-se deslocado do próprio corpo.


Jao Moon (Colômbia / Alemanha)
“Sempre me vi como um ponto de passagem. Como um corpo onde se cruzam diferentes situações do quotidiano, um corpo onde coexistem múltiplas identidades, um corpo em transformação, um corpo indefinido ".  A experiência de crescer na periferia marginalizada de Cartagena de Índias, Colômbia, transformou Jao Moon num corpo político. Viver em um ambiente de constante resistência, fê-lo questionar a ordem social dominante, que passou a ser a matéria do seu trabalho criativo e artístico. A Diáspora latino-americana na Europa, a identidade de gênero e os processos de adaptação ou construção sócio-política em contextos migratórios são alguns dos seus temas recorrentes de trabalho. A viver em Berlim desde 2015, colaborou como artista convidado de diferentes artistas, teatros e festivais na Europa, como: Kampnagel, Sophiensaele - Tanztage, Deutsche Oper Berlin com Black Cracker, Peaches, Dock 11 Berlin, Maxim Gorki Theatre com Simone Paetau, Yony Leyser, Carlos Maria Romero em Jupiter Art Land e Jeremy Shaw no Centre Pompidou de Paris. Desde 2017 que desenvolve o seu próprio trabalho como diretor. Destaca “Memory of Dislocation - Exactly the same in the opposite direction”, a sua primeira apresentação de dança solo na Ballhaus Naunynstraße 2017 e “The Lifetime of Fire -Manifestos for a Queer Futures”, apresentação solo no HAU Berlin 2019 e “Everybody can be / Everybody can not be”, a mais recente estreia de uma instalação em dança performance, que ocorreu em outubro de 2019 no Ballhaus Naunynstraße de Berlim.


Peter Pleyer (Alemanha)
Estudou dança no European Dance Development Centre em Arnhem. Trabalhou como bailarino e assistente coreográfico com Yoshiko Chuma (New York) e Mark Tompkins (Paris). Na Holanda, Pleyer criou as suas próprias peças (participando em competição coreográfica de Groningen). Em 2000 Peter mudou-se para Berlim e trabalhou com Martin Nachbar, Alex B. e Felix Ruckert. Com um enorme interesse por estudos teóricos de dança e de criação coreográfica, desenvolveu CHOREOGRAPHING BOOKS (2005) uma lecture/installation, partilhando a sua visão sobre o desenvolvimento dos estudos em dança nos EUA e na Europa. Lecionou workshop "History in Practice" na P.O.R.C.H. - Stolzenhagen, no programa MA da ArtEZ em Arnhem, no HZT Berlin e no Tanzquartier Vienna. Em 2014 retomou o seu trabalho coreográfico com o solo PONDEROSA TRILOGY e com o quartet/international improvisation format VISIBLE UNDERCURRENT (com Meg Stuart e Sasha Waltz). Em novembro de 2017 a sua coreografia de grupo CRANKY BODIES DANCE RESET foi apresentada na Sophiensaele Berlin. É professor convidado de Anatomical Release e Contact Improvisation na Meg Stuart/Damaged Goods e foi guest lecturer no UdK/HZT em Berlim em 2015/2016.


Sherwood Chen (Estados Unidos América / França)
Sherwood Chen realiza e lidera pesquisas de movimento, internacionalmente. Trabalhou com vários artistas, incluindo Grisha Coleman, Yuko Kaseki, Amara Tabor Smith, Anna Halprin, inkBoat x Ko Murobushi, Min Tanaka, Xavier Le Roy, Anne Collod, Larry Arrington, l’agence touriste, Jess Curtis e Sara Shelton Mann. Por mais de vinte anos, Sherwood Chen contribuiu para a pesquisa Body Weather iniciada por Tanaka e seus colegas, trabalhando diretamente com os membros fundadores, incluindo Oguri e Christine Quoiraud, e como ex-membro da Body Weather Farm e Maijuku, no Japão. Sherwood Chen atuou intensivamente nos Estados Unidos da América como trabalhador cultural, no setor público, e com entidades sem fins lucrativos e filantrópicas, com foco na programação artística de comunidade, educação artística, financiamento para as artes e defesa do financiamento das artes, apoiando artistas nativos californianos e imigrantes tradicionais. Sherwood Chen está sedeado em Paris e Marselha.

Estes são alguns dos pensamentos e questões potencialmente catalisadoras dos processos de trabalho íntimos e coletivos dos artistas que contextualizam cada dia do UNFINISHED OPEN LABS.


INSCRIÇÕES: 
Formulário disponível aqui:
https://forms.gle/CyY4MEujd7kJypZP8
 
até 12.02.2021
confirmação inscrição: 19.02.2021
preço: 120,00€ (pagamento de 50% na confirmação de inscrição)
contacto:  armazem22@kale.pt
 



A Kale Companhia de Dança é financiada pela Direção-Geral das Artes/Ministério da Cultura Portugal 

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