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Né Barros - IO — Paisagens, Máquinas, Animais
© Pedro Figueiredo

Né Barros - IO — Paisagens, Máquinas, Animais

Os corpos de resistência e de paixão, de liberdade e de morte. Os corpos em IO são máquinas, paisagens e animais de guerra e de paz. Paisagens, Máquinas e Animais é também título de uma série de futuros projetos. IO é uma das quatro grandes luas de Júpiter e, apesar de estar localizada numa região gélida, caracteriza-se por ser o local com maior atividade vulcânica do sistema solar. Foi este ambiente de extremos que inspirou o disco e a peça coreográfica. Partindo da manipulação e desconstrução do timbre rico e hipnótico do saxofone barítono, esta é uma obra de um só fôlego, paciente, de inúmeras camadas, assumidamente influenciada pelo universo da ficção científica e fortemente marcada pelos tons introspetivos sempre presentes no percurso de BlacKoyote. A adaptação que será realizada para a intervenção no Teatro Rivoli no âmbito do seu aniversário deverá manter este tipo de tensão e de contrastes, mas ao mesmo tempo abrir-se a novas reescritas desta peça, tirando partido do lugar de apresentação em que se insere.

NÉ BARROS é coreógrafa, bailarina, investigadora no Instituto de Filosofia da Universidade do Porto no Grupo de Estética, Política e Conhecimento. Tem desenvolvido o seu trabalho artístico em conexão com os seus estudos académicos e pesquisas. Iniciou a sua formação em dança clássica com Ruth Howner e, posteriormente, trabalhou em dança contemporânea e composição coreográfica nos Estados Unidos (Smith College). Doutorada em dança (Universidade de Lisboa) e mestre em estudos de dança (Laban Centre, Londres). Concluiu um pós-doutoramento no Instituto de Filosofia no âmbito da estética com foco em performances. Estudou teatro (ESAP). Como coreógrafa, tem colaborado com diversos artistas plásticos, fotógrafos, músicos, encenadores e artistas multimédia, tais como: Albuquerque Mendes, Alexandre Soares, Carlos Guedes, Cesário Alves, Cristina Mateus, Daniel Blaufuks, Elastic Group of Artistic Research, Fahr 021.3, Filipe Martins, Gabriela Vaz-Pinheiro, Gustavo Costa, João Martinho Moura, José Alberto Gomes, José Álvaro Correia, Lygia Pape, Nuno Coelho, Manuel Casimiro, Nuno Carinhas, Ricardo Pais, Roberto Neulichedl, Saguenail, Sérgio Azevedo e Vera Castro. A maior parte dos seus projetos artísticos desenvolve-se no balleteatro, mas também trabalhou com a Companhia Nacional de Bailado (premiada como melhor coreografia), Ballet Gulbenkian e Aura Dance Company (Lituânia). É autora dos livros Performances e Pós-Fenomenologia-Apropriação e Contacto, Da Materialidade na Dança e Dança: corpo e casa e editora de Performances no Contemporâneo, Deslocações da Intimidade, Artes Performativas: Novos Discursos, Das Imagens Familiares, Story Case Print (2009) e Metamorfoses do Sentir. Publicou vários artigos sobre temas como estética, filosofia da dança e performance, composição de dança e artes cénicas. É codiretora das coleções “Estética, Política e Arte” e “Máquinas de Guerra”, publicadas pela FLUP. É professora na ESAP e convidada em diversas instituições. Cofundadora do balleteatro e diretora artística do Family Film Project - Festival Internacional de Cinema de Arquivo, Memória, Etnografia.

JOSÉ ALBERTO GOMES é músico, artista sonoro e curador, nascido no Porto em 1983. Completou o curso de piano do Conservatório do Porto e em 2007 finalizou a licenciatura em composição na ESMAE — Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo. Criou laços muito fortes com as novas possibilidades tecnológicas musicais e o papel da música no teatro, cinema e instalações, tendo especial interesse em procurar novas formas e novos “lugares“musicais. Doutorado em música computacional pela Universidade Católica Portuguesa, tem estado ligado ao ensino na área da arte e novos media, tendo passado por vários cursos como composição na ESMAE-IPP, música eletrónica e produção musical na ESART-IPCA ou mestrado de media e artes digitais na Universidade do Minho, entre outros. Atualmente é coordenador do Serviço Educativo Braga Media Arts (Cidade Criativa da UNESCO no domínio das Media Arts) onde desenvolve e orienta conteúdos, espetáculos e projetos de criação artística ligada às novas tecnologias na arte, comunidade e educação. É docente na Escola das Artes - UCP, no Mestrado em Engenharia em Desenvolvimento em Jogos Digitais - IPCA e no doutoramento de media e arte digital na Universidade Aberta. Apresenta-se, regularmente, em público em projetos a solo, coletivos ou em parcerias, ex.: BlacKoyote, Digitópia Collective, Srosh Ensemble, Hans-Joachim Roedelius, Gustavo Costa, Ricardo Jacinto, Henrique Portovedo, Jon Rose, etc., nas áreas de música e sonoplastia para peças de teatro e vídeo, como por exemplo: From Peter Handke's Essay about the Successful Day (Teatro da Comuna), Longe (no âmbito do FITEI, no Teatro Rivoli), Cidade Domingo (Teatro Oficina/Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura), Prometeu (Teatro de Formas Animadas), Ínsua (Ruptura Silenciosa). Como criador e developer de instalações sonoras apresentou A Perpetuação do tempo sob o presente (23.03/Journées Européennes du Patrimoine), Re-Interpretação Urbana (Fundação de Serralves), Substantive Derivative (Emiliano Zelada/Ingresso Pericoloso). Ainda como compositor para eletrónica e ensemble instrumental, At the still point of the turning world, Joana Gama e Luís Fernandes, Drumming GP, Nuno Aroso, João Dias, Henrique Portovedo, FactorE, Srosh Ensemble/Fundação de Serralves e Orquestra Estúdio/Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura.


Fonte: http://www.teatromunicipaldoporto.pt/pt/programa/ne-barros-io-paisagens-maquinas-animais/
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