À Memória de Humberto Delgado, Arajaryr Campos e dos seus companheiros que morreram a lutar pela liberdade. A ação da peça situa-se em Argel, último lugar de exílio – e de solidão - do General Humberto Delgado, nas horas que antecederam a sua partida para Espanha, com a sua companheira Arajaryr Campos. Perto de Badajoz caem numa cilada, organizada pela polícia política Salazarista (PIDE), sendo ambos assassinados. As referências e factos políticos descritos pelos três personagens – o General, a Mulher e Atalaia - não são ficção e tudo foi, entretanto, documentado. A ficção usámo-la, naturalmente, na restante parte dos diálogos. Aí procurámos exaltar a luta determinada e coerente do General Humberto Delgado, contra a ditadura, até ao sacrifício supremo da própria vida. Na mulher - Arajaryr Campos - procurámos exaltar o amor. Em Atalaia – Adolfo Ayala – procurámos exaltar a amizade e a fidelidade à causa da liberdade. Ayala, antifascista desde os anos trinta, foi um entusiasta apoiante da candidatura do Humberto Delgado à presidência da República. Mantém-se sempre fiel ao General e tenta dissuadi-lo, em vão, de ir ao encontro em Espanha, que teme ser uma cilada, oferecendo-se para ir em seu lugar. Sobrevivendo, fica fiel depositário das suas vontades e testemunha incontornável, mas terrivelmente só, da verdade dos factos. Classificação: M/12 Duração: 90 min. Género: Drama Produção: Associação Projéctor – Companhia de Teatro do Barreiro. Projeto “Peça a Peça” | Inserido nas Comemorações do 40º Aniversário da Revolução de abril