21:45 até às 23:00
Jorge Fraga | Nu Palco

Jorge Fraga | Nu Palco

Sáb, 28 novembro 200 · 21:45 · Auditório 2

Um bicho-carpinteiro do teatro sempre irrequieto e irreverente.

Chegou a Viseu em 1976. Fundou, conjuntamente com São José Lapa, Alberto Lopes e António Cruz o grupo de teatro “A Centelha”. O grupo tinha “nascido” ainda na Escola de Teatro do Conservatório Nacional e, naquele momento da vida do país, iniciou o processo de descentralização, tal como outros projetos teatrais.
Em Viseu, Jorge Fraga e os seus companheiros de aventura enfrentaram e afrontaram um conservadorismo caduco, sendo rotulados com os nomes de fármacos políticos que eram proibidos na dieta dos saudosistas.
Foi o primeiro grupo profissional do distrito de Viseu. Uma pedrada no charco pela ousadia do teatro que apresentavam, quebrando modelos tradicionalistas e revolucionando esteticamente pela postura perante os poderes instituídos.
Nessa altura, Alberto Lopes apoiou os ensaios do Trigo Limpo (ainda estrutura amadora) e Jorge Fraga tornou-se um militante afetivo dos espetáculos do Trigo Limpo e, a partir de 1979, das atividades da ACERT, a quem dedica verdadeiro apreço crítico.
Após “A Centelha” se ter extinguido, Jorge Fraga é o único fundador que fica nestas terras. Forma, anos mais tarde (1982), a Companhia de Teatro de Viseu com Victor Esteves, Conceição Aguiar, Vladimir Franklin e Cândida Vieira e dois “trigos limpos”, José Rui e Luís Viegas, reiniciando a atividade teatral profissional, estreando A Farsa do Mestre Pathelin, seguindo-se outras criações onde foi encenador e intérprete.
A sua atividade docente na área teatral permitiu que o ensino artístico fizesse parte, desde cedo, de uma alternativa para alunos de cursos superiores. Mas não se julgue que Jorge Fraga estacionou o seu frenesi permanente pelo teatro quando deixou de fazer parte de “grupos formais”. Sempre a saltitar por muitas cidades e projetos, junta pessoas para dar formação e deixa cordões umbili-teatrais que, muitas vezes, criam núcleos com quem cria espetáculos. Por Viseu, tem sido um permanente bicho-carpinteiro, irrequieto e irreverente.
Neste NU Palco, quem sabe se não revelará — tantos sonhos e projetos em que esteve e continua envolvido — que, por motivos emotivos, não cabe em páginas escritas e muito menos num texto como este, que só pretende demonstrar como é “acertino”.
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