“Fronteiras da Memória” A partir de "De algum tempo a esta parte" de Max Aub 11 a 13 de Novembro 19H00 Teatro do Bairro Lisboa FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA Texto: Max Aub Encenação: Ignácio Garcia / Espanha / México Assistente de Encenação: Solange Sá | Grasiela Müller Tradução: Ivonete da Silva Isidoro Cenografia: José Manuel Castanheira Figurinos: Manuela Bronze Confecção: Mónica Melo Adereços: Grasiela Müller Desenho de Luz: Bogumil Palewic Operação de Luz e Som: Fábio Tierri Criação Vídeo: Frederico Bustorff Fotografia: Eduarda Filipa Com Ana Bustorff * (actriz convidada) Sinopse: “Isto o vi eu. E continuo viva. E ainda há quem não queira inteirar-se.” A dureza testemunhal é uma das principais qualidades deste texto seco e sórdido de Aub. Não quero que ninguém me console, diz Emma Blumennthal ao resistir à tentação melodramática e ao esquecimento. Tenta mitigar a sua própria amargura por todas as perdas, encontrando-lhes um sentido e uma missão. E a sua missão é o testemunho, a presença e a denúncia: isso eu vi. Sim! E ainda estou viva. E ainda há quem não queira inteirar-se. As suas palavras assumem uma dimensão enorme e justificam a sua presença diante de nós. Apesar do sofrimento, aquela mulher torturada pela vida e pela história decide ir em frente, viver, lutar e, acima de tudo, recordar, porque como diz: se não houver memória, para que se vive? Isto explica claramente a nossa proposta: romper as fronteiras do silêncio e do esquecimento. Por isso veio, para que nos deixe observar sua miséria e degradação, por isso vamos pôr em cena este texto; para não esquecer aqueles que viveram estas e outras guerras, recordar as vítimas dos totalitarismos aniquilantes e avisar para o perigo de uma sociedade que roça a debilidade. Para reivindicar o valor do teatro testemunho do exílio, como um instrumento vivo e eficaz para interpelar a sociedade. Ignácio Garcia “This I have seen. And I’m still alive. And there are still some who do not want to know.” The testemonial hardness is one of the chief qualities of this dry and sordid text from Aub. I do not want anyone to comfort me, "says Emma Blumennthal, resisting melodramatic temptation and oblivion. She tries to mitigate her own bitterness for all the losses, fnding them a sense and a mission. And her mission is the testimonial, the ,presence and the denunciation: this I have seen. Yes! And I'm still alive. And there are still some who do not, want to know. Her words take on an enormous dimension and justify their presence before us. Despite the suffering, this woman tortured by life and by the story decides to go ahead, to live, to fght and, above all, to remember, because as she says: if there is no memory, why do we live? This clearly explains our proposal: to break the frontiers of silence and oblivion. That is why it came, to let us observe its misery and degradation, so let's put this text into play; in order not to forget those who have lived through these and other wars, to remind the victims to exile, as a living and effective instrument to challenge society. Ignácio Garcia
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