“(…) Ó clamoroso chamamento A cujo calor, cuja fúria fervem em mim Numa unidade explosiva todas as minhas ânsias Meus próprios tédios tornados dinâmicos, todos!… Apelo lançado ao meu sangue De um amor passado, não sei onde, que volve E ainda tem força para me atrair e puxar, Que ainda tem força para me fazer odiar esta vida Que passo entre a impenetrabilidade física e psíquica da gente real com quem vivo (…)”
Álvaro de Campos
"Esta aproximação à obra de Álvaro de Campos é uma aventura sobre a linguagem e as suas constelações sonoras. Por isso convidei os Danças Ocultas a estarem envolvidos na criação. O convite estendeu-se ao Alexandre Coelho e ao Alberto Lopes anteriores cúmplices. Afastando-nos de uma leitura direta e naturalista abrem-se um vasto leque de opções onde a abstração e a geometria latente e suspensa nas entrelinhas do texto e suas desmultiplicadas narrativas nos podem guiar.
Os desdobramentos de diálogos entre a infância e o mestre (entre Álvaro e Caeiro), entre o jogo de locais conhecidos e desconhecidos (o cais e os horizontes longínquos — os mares e costas por explorar e descobrir), de geografias que são tanto interiores como exteriores: territoriais e ou humanas (das tias aos piratas, ao amigo inglês), das máquinas e progresso e dos seus símbolos aliados do movimento (o volante, os barcos, as faturas, velas, escotilhas, ventoinhas) — tudo são linhas abertas à descoberta de linguagens cénicas e desafios que nos colocamos.
Um só ator acompanhado de quatro músicos será o material humano a partir do qual se construirá o debito cénico. O som, a luz e a espacialização cénica — e a eterna ironia — serão os elementos desta encenação sobre os quais incidirão os cuidados e as atenções sempre intensificados dentro das linhas de pesquisa e experimentação que o percurso da companhia vem percorrendo." João Garcia Miguel
Encenação e interpretação: João Garcia Miguel Criação e interpretação musical: Danças Ocultas Iluminação e direção técnica: Alexandre Coelho Sonorização: Nuno Rebocho Assistente à dramaturgia: Alberto Lopes Assistente de encenação: Roger Madureira Assistente técnico: Luís Gomes Figurinos: Rute Osório de Castro Direção de produção: Georgina Pires Produção e vendas: Janine Lages Apoio: Teatro Ibérico | Rita Costa Imagem fotográfica: Mário Campos Raínha Assessoria de imprensa: The Square – Raquel Alfredo Apoio Técnico: AUDEX Agradecimento: Bruno Reis pela cedência do espaço Gretua para a realização de ensaios. Companhia João Garcia Miguel tem o apoio financeira da DGARTES, Governo de Portugal Uma coprodução Teatro Aveirense - Aveiro | Teatro Cine de Torres Vedras | Teatro Ibérico - Lisboa Apoios: Junta de Freguesia do Beato | IEFP Crédito fotográfico: Mário Campos Raínha
Teatro-Cine de Torres Vedras Horário de funcionamento Em dias de espetáculo: Sextas, sábados e domingos:a partir das 18h00 Exceto espetáculos ao domingo à tarde: uma 1 hora antes do espetáculo Av. Tenente Valadim, n.º 19 2560 Torres Vedras 261338131 teatro.cine@cm-tvedras.pt Localização Google Maps
Celebramos, em 2020, a 17.ª edição deste festival que voltará a invadir a cidade de sonoridades bem acolhedoras. Não perca os grandes concertos que terão lugar no Teatro-Cine e que marcam Torres Vedras no roteiro musical internacional.
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