É uma obra escrita de modo a ser apetecível até para quem não tem o hábito da leitura. Começa com uma despretensiosa narrativa ficcional, na qual o protagonista é Francisco Souza Mendes, filho de pai português e mãe piemontesa. Nascido no final do século XVII, no nordeste da Península Itálica, o menino tornou-se músico e compositor e ainda muito jovem veio para Portugal. Depois de uma breve temporada no Minho instalou-se em Santarém - terra natal do pai, onde Souza Mendes fundou a Camerata Leziriana destinada a interpretar as suas composições musicais. As cem páginas deste livro fazem um passeio poético pelas construções melódicas das três obras apresentadas para, a seguir, comentar os enredos dos seus libretos - oportunidade que os leitores têm para o encontro com alguns preciosos conceitos de três dos chamados filósofos da diferença. As cantatas que são centrais neste livro, afirmam a vida na imanência do mundo. Exatamente por esta razão, identificam e denunciam os dispositivos de poder que capturam e constrangem a nossa potência de produzir modos de existir que sejam mais autônomos e mais criativos. É um livro que instiga os seus leitores a pensar criticamente sobre a crise de valores civilizacionais que se apresentam no contemporâneo.
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