Segundo fontes históricas, já na primeira metade do século XVIII existia na Armada uma “música marcial” intitulada “charamela”.
Em 1807 acompanhou a família real na sua viagem para o Brasil. Deslocando-se a vários países, designadamente Inglaterra, Bélgica e França, acompanhou o Rei D. Fernando II a bordo da corveta “Mindelo”, efetuando uma série de concertos em Bordéus.
Em 1903 a “Banda dos Marinheiros” realizou aquelas que são as primeiras gravações efetuadas em Portugal, num total de 26 temas (e outros tantos discos) dos quais existe um exemplar no nosso país e os restantes 25 nos arquivos da EMI em Inglaterra.
Das suas deslocações ao estrangeiro e ilhas, destacam-se:
– Em 1922, a participação nas comemorações do 1º Centenário da Independência do Brasil, acompanhando Sua Excelência o Presidente da República Dr. António José de Almeida na sua viagem oficial;
– Em 1982, 1988 e em 2008 as deslocações ao Arquipélago da Madeira;
– Em 1982 e 1992 a participação, em Festivais Internacionais de Bandas Militares em França;
– Em 1983, 2007 e 2018 as deslocações, ao arquipélago dos Açores;
– Em 1994, deslocou-se aos Estados Unidos da América/Norfolk, onde participou no XII Festival Internacional das Azáleas, em representação nacional;
– Em 2008 deslocou-se a Bremen – Alemanha onde participou no 44º Musikschau der Nationen.
Em 1999 foi-lhe concedida a Medalha de Ouro de Serviços Distintos por S.ª EX.ª o Almirante CEMA.
Em 2015, a Banda da Armada foi agraciada pela PwC (PricewaterhouseCoopers) Portugal com o Prémio Identitas Mare, prémio que tem como objetivo reconhecer a excelência e o mérito de pessoas ou entidades que utilizam as temáticas do meio aquático como recurso essencial e meio inspirador das suas produções de arte e cultura, bem como outros projetos que promovam a cultura marítima.
Ao longo dos tempos a Banda da Armada tem desenvolvido um trabalho de grande interesse público, tanto ao nível do cerimonial militar e do protocolo de Estado, como no âmbito cultural, onde tem realizado concertos por todo o território português e no estrangeiro. Tem-se pautado por uma constante evolução e inovação, como é exemplo a permuta de conhecimentos, ao incluir elementos exteriores ao seu quadro orgânico, nas suas apresentações públicas. Estão neste caso atuações conjuntas com a Orquestra Metropolitana de Lisboa e vários grupos corais, assim como vozes e instrumentos solistas.
Fazem parte dos seus quadros alguns dos melhores instrumentistas da atualidade portuguesa e ao longo da sua história têm pertencido, e continuam a despontar nas suas fileiras, vários compositores de reconhecido mérito.
A Banda da Armada foi chefiada pelos seguintes maestros: Caetano Tozzi (italiano), Pascoal Corvalini (italiano), Mark Holzel (alemão), Artur Reinhardt (belga) e os portugueses: António Maria Chéu, José de Oliveira Brito, Arthur Fernandes Fão, Marcos Romão dos Reis, Manuel Maria Baltazar, José Joaquim de Araújo Pereira, Carlos da Silva Ribeiro e desde 2010 pelo Capitão-de-fragata MUS Délio Gonçalves.
Fonte: https://www.teatrojlsilva.pt/evento/travessia-big-band-da-banda-da-armada/