Neste primeiro momento propõe-se uma revisitação crítica dos modos como os negros foram vistos e retratados pelos olhares brancos dos autores do cinema moderno europeu. Em particular, esta sessão centra-se ao redor de um dos nomes fundamentais do cinema do pós-guerra: Jean Rouch. O realizador viveu obcecado pelo continente africano e pelas formas da negritude: os ritos e costumes, os corpos e movimentos, as línguas e narrativas. Rouch, fundador da Antropologia Visual, ramo da etnografia, descreveu exuberantemente a negritude a partir de uma reinterpretação semi-ficcional dos próprios não-atores.
Nesta sessão apresentam-se também duas curtas-metragens de realizadores afro-americanos contemporâneos, em que estes, ora filmam outras formas de se ser negro (o norte-americano Terence Nance filma a diáspora africana em Marselha), ora filmam uma realidade que conhecem através de um prisma oblíquo (bairro social de Nickerson Gardens em Until the Quiet Comes).
Auditório do Museu Horário: 21:30
UNIVITELLIN Terence Nance FR | 2016 | 15 min. UNTIL THE QUIET COMES Khalil Joseph USA | 2013 | 4 min. MOI, UN NOIR Jean Rouch FR | 1958 | 78 min.
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