i2ADS - Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade
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Conferência com Georges Didi-Huberman Auditório do Museu de Serralves 29 de Março 2014 16 horas «Cinema e poesia : Godard face a Pasolini» Sinopse: Interrogar-se-ão os laços e as «desligações» entre Godard e Pasolini em torno da questão da natureza «poética» do cinema. Nomeadamente, evocar-se-ão os contributos dos formalistas russos, as questões da metalinguagem em Godard e a da inocência poética em Pasolini. «Cinéma de poésie : Godard face à Pasolini» (comunicação em francês) Il s’agira d’interroger les liens et les « déliaisons » entre Godard et Pasolini autour de la question de la nature « poétique » du cinéma. On évoquera notamment les apports des formalistes russes, les questions du métalangage chez Godard et de l’innocence poétique chez Pasolini. seguida do lançamento dos livros Hans Belting - Antropologia da Imagem Jacques Rancière – Nas Margens do Político Mesa redonda – nomes a anunciar Conferência organizada por: i2ADS/FBAUP, projecto YMAGO e Fundação de Serralves Com o apoio de: Institut Français, Alliance Française de Porto, ESMAE/IPP, DgArtes/Governo de Portugal, FCSH-UNL e Público Bilhetes à venda em Serralves (5€) Número limitado de bilhetes gratuitos para membros do i2ADs e estudantes da FBAUP. Levantamento na bilheteira de Serralves. Fundação de Serralves T: 226156500 E: serralves@serralves.pt M: Rua D. João de Castro, 210, Porto ///// George Didi-Huberman Filósofo e historiador de arte, lecciona “antropologia do visual” na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris. Nas duas últimas décadas, tem procedido a uma aprofundada crítica dos fundamentos vasarianos, panofskianos e neo-kantianos com que a história de arte se habituara a operar. Em obras como Devant l’image (1990), L’Image survivante (2002) ou Imagens apesar de tudo(trad. pt. 2012), e apoiado em referências teóricas como Warburg, Benjamin, Freud e Deleuze, tem assumido o parti pris por uma atitude interpretativa que considere a complexidade problemática e contraditória da imagem, bem como as dimensões empáticas, éticas e políticas da mesma. A vasta constelação de referências teóricas, artísticas e literárias (incluindo Baudelaire, Proust, Joyce, Bataille, Beckett), e a montagem de saberes que Didi-Huberman opera (história, psicanálise, filosofia, fenomenologia, entre outros), concorrem para a concepção de um tempo histórico caracterizado por anacronismos, por temporalidades impuras, dialécticas, prenhes de sobrevivências e de fantasmas. Este tempo constitui o correlativo do “sintoma”, ou seja do símbolo aberto e “sobre-determinado” que Freud teorizou e que Didi-Huberman propõe como paradigma para a investigação nas artes. Autor prolífico, tem mais de 30 livros publicados sobre diferentes artistas e autores, como Fra Angelico, Botticelli, Marey, Brecht, Giacometti, Pasolini, Turrell, Harun Farocki, os minimalistas americanos (Judd, Morris, etc), mas também sobre objectos e temas antropológicos, a fotografia e o cinema, a teoria e as questões de método. Em Imagens apesar de tudo debruça-se sobre o “inimaginável” da Shoah, que tende a obliterar tanto as quatro imagens fotográficas que sobreviveram à “Solução final” como a imaginação daqueles que passaram pelos campos, ou mesmo as montagens cinematográficas de Renoir, Lanzmann e Godard, entre outros. Didi-Huberman contrapõe com veemência o valor das imagens – tão lacunares quanto necessárias – na história e para a constituição do conhecimento histórico, distinguindo a semelhança da falsa aparência e da assimilação identitária, visando romper a barreira fetichista e afirmar como a imagem pode, apesar de tudo, tocar o real. (projecto Ymago)
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