12:30 até às 22:00
Essencial Fellini - Cópias Restauradas | Cinema Nimas

Essencial Fellini - Cópias Restauradas | Cinema Nimas

ESSENCIAL FELLINI: 4 Filmes, Cópias Digitais Restauradas
Cinema Medeia Nimas, Lisboa

A Risi Film, a Alambique e a Festa do Cinema Italiano juntam-se à Medeia Filmes para celebrar do centenário do nascimento do cineasta Federico Fellini, o "cineasta que não parou de repetir, em todos os filmes, do primeiro ao último, tanto nos mais bem conseguidos como nos mal aceites pelo público, que o cinema (apanhado de forma ambígua pelo registo da realidade exterior) é, sobretudo, uma arte da memória" (Umberto Eco), com a reposição de seis títulos emblemáticos em cópias restauradas, entre os meses de Agosto e Setembro, nos Cinemas Medeia. O ciclo ESSENCIAL FELLINI começa, a partir de 6 de Agosto, com 4 títulos, uma estreia todas as semanas, respectivamente: La Dolce Vita, A Estrada, Fellini 8 1/2 e Julieta dos Espíritos.

 Estreia 6 Agosto
LA DOLCE VITA, de Federico Fellini (2h54, M/12, 1960)
Sendo o maior sucesso do cineasta italiano mais popular de todos os tempos, La Dolce Vita representa um olhar à cultura do estrelato, com um protagonista no encalço do sedutor estilo de vida das ricas e glamorosas celebridades que, em pleno era da sociedade do espetáculo, se exibem em Roma. O mirone desse espetáculo mundano chama-se Marcello Rubini (Marcello Mastroianni) e, na qualidade de jornalista de mexericos, explora as periferias dos holofotes. Um filme que será sempre lembrado pela imagem icónica da sueca Anita Ekberg na Fontana di Trevi.
A autenticidade de La Dolce Vita deve-se, em parte, ao “estudo” que o cineasta dedicou, durante um verão inteiro, à vivência das estrelas.
Algo que, do ponto de vista biográfico, se liga à personagem de Mastroianni: esta é a evocação dos primeiros tempos do próprio Fellini em Roma, onde começou por trabalhar como jornalista. Universalmente aplaudido, valeu-lhe a Palma de Ouro no Festival de Cannes e quatro nomeações para os Óscares, entre as quais, nas categorias de realização e argumento (venceu a estatueta do guarda-roupa).

 Estreia 13 Agosto
A ESTRADA, de Federico Fellini (1h48, M/12, 1954)
Nunca houve um rosto como o de Giulietta Masina. O seu marido, Fellini, dirige-a no papel de Gelsomina em A Estrada, o filme que estabeleceu o seu carisma internacional. Figura frágil e ingénua num mundo sem amor, Gelsomina é vendida pela mãe a Zampanò (Anthony Quinn), um saltimbanco forte e bruto que a leva para trabalhar com ele na sua vida de estrada, dando-lhe um número burlesco.
Quando este encontra um velho rival, o artista que dá pela alcunha de “O Louco” (Richard Basehart), a fúria do homem musculado é provocada até ao ponto de rutura. Uma parábola com notas musicais de um Charlot trágico.
Aqui Fellini trocou qualquer familiaridade com o neorrealismo pela fábula poética, inspirando uma das suas mais populares personagens, Gelsomina, nascida de uma caricatura de palhaço feita pelo realizador no seu bloco de notas. A Estrada venceu o Óscar de Melhor de Filme Estrangeiro.

 Estreia 20 Agosto
FELLINI 8 1/2, de Federico Fellini (2h18, M/12, 1963)
Marcello Mastroianni, alter ego de Fellini, interpreta Guido Anselmi, um realizador a atravessar uma crise de inspiração. Durante a estadia numas termas, todos os seus fantasmas lhe aparecem, como que em sonhos, misturados com as pessoas reais que frequentam o local ou que o vêm visitar: familiares, actores, produtores e até críticos. Como não consegue encontrar soluções para o seu próximo filme, Guido abandona-se às recordações de infância e a sua imaginação divaga. E quando já se prepara para abandonar o projeto, todas as personagens lhe voltam a aparecer. Guido junta-as todas e dá a ordem de filmar.
Um dos grandes clássicos de Fellini, Fellini 8 1/2 transforma a crise artística de um homem num épico de cinema. É um verdadeiro mergulho na psique, a partir das teorias de Carl Jung, e um exercício mágico dentro da autorreflexão já presente em La Dolce Vita. Recebeu o Óscar de Melhor Filme Estrangeiro de Melhor Guarda-roupa.

 Estreia 27 Agosto
JULIETA DOS ESPÍRITOS, de Federico Fellini (2h17, M/6, 1965)
Suspeitando da infidelidade do marido, Giulietta (Giulietta Masina) entra numa jornada surreal de autodescoberta, repleta de sonhos selvagens e fantasias encantatórias que envolvem Suzy, a sua vizinha sexualmente emancipada, e seu estilo de vida glamouroso dos anos 1960.
Oito anos depois de As Noites de Cabíria, Fellini volta a dirigir a mulher naquela que é a sua primeira longa-metragem a cores. E é justamente o magistral uso do Technicolor, pelo diretor de fotografia Gianni di Venanzo, que se revela um dos grandes triunfos do filme, ao intensificar, pela carga visual, as frustrações sexuais de uma mulher de meia-idade da alta burguesia italiana. Julieta dos Espíritos é o reverso feminino do “eu” masculino de Fellini Oito e Meio.

Horários: https://medeiafilmes.com/ciclos/essencial-felllini
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