15:00 até às 22:10
Digressão | Mártir - Companhia de Teatro de Almada

Digressão | Mártir - Companhia de Teatro de Almada

MÁRTIR
Texto de Marius von Mayenburg
Encenação de Rodrigo Francisco

Companhia de Teatro de Almada

Mártir explora o impacto do pensamento fundamentalista na sociedade actual, debruçando-se sobre o percurso, até ao fanatismo religioso, de um adolescente que foi criado por uma mãe divorciada. Trata-se de uma verdadeira guerra ideológica, aquela que oporá este jovem à sua professora de Biologia, a única pessoa que lhe é próxima e que contradirá os seus argumentos. Como é que se desmonta o raciocínio extremista, e se evita que medre entre nós? A peça de Mayenburg desenvolve-se como uma reflexão em torno da luta contra a radicalização da juventude, lembrando que o fanatismo não é apanágio apenas de uma religião. Mártir fala-nos dos perigos que surgem quando as Escrituras Sagradas passam a ser lidas à letra. Com a iminência dos atentados por parte de fundamentalistas islâmicos, perpetrados um pouco por todo o Mundo, este texto ganha pertinência não porque se preocupe em analisar os efeitos dessa violência, mas porque se debruça sobre as suas causas. O que fará um jovem ocidental refugiar-se num conjunto de princípios anacrónicos, originados por uma leitura literal do Antigo Testamento? Numa época em que os valores morais, ideológicos e familiares se encontram em crise, o que é que temos para propor às gerações mais jovens, cada vez mais desenraizadas? E qual o papel da escola na formação dos cidadãos? Será o discurso dito “politicamente correcto” a melhor forma de lidar com o fundamentalismo? Precisará este adolescente de um par de estalos ou de um abraço?

Marius von Mayenburg (Munique, 1972) formou-se em Alemão Antigo. Em 1992 muda-se para Berlim, onde estuda Dramaturgia. Em 1998 passou a integrar a direcção artística da Baracke, a sala experimental do Deutsches Theater de Berlim. A partir de 1999 muda–se, com Thomas Ostermeier, para a Schaubühne am Lehniner Platz, onde ainda permanece como encenador e dramaturgista residente. Em 2016 a CTA estreou a sua peça O feio, com direcção de Toni Cafiero.

Rodrigo Francisco (Lisboa, 1981) foi assistente de encenação de Joaquim Benite entre 2006 e 2012. É autor de Quarto minguante (2007) e Tuning (2011). Na CTA já dirigiu textos de Almeida Garrett, David Mamet, Ödön von Horváth, Álvaro Cunhal, Ernest Hemingway, Vsevolod Vichnievski, Romeu Correia, Matei Vi?niec e Gotthold Ephraim Lessing.


Interpretação 
André Albuquerque
Ana Cris
Inês de Castro 
Ivo Marçal
João Cabral
 Pedro Walter
Tânia Guerreiro
Vicente Wallenstein 

Tradução 
Manuela Nunes

Cenografia 
José Manuel Castanheira

Figurinos 
Ana Paula Rocha

Desenho de luz 
Guilherme Frazão


17 SETEMBRO, 2020 | Theatro Circo, Braga
M/12 | Duração: 1h40
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