Teatro Campo Alegre 2 a 8 de Julho | estreia nacional (quinta, sexta, segunda, terça e quarta: 18h30 e 21h30 sábado e domingo: 15h30 e 21h30) MARTIN EDEN Um filme de Pietro Marcello com Luca Marinelli, Carlo Cecchi, Jessica Cressy, Marco Leonardi Itália, França, 2019 – 2h09 | M/14 Festival de Veneza (2019) Selecção Oficial em Competição | Volpi Cup Melhor Actor – Luca Marinelli TIFF – Festival Internacional de Toronto (2019) Special Presentations | Prémio Platform – Pietro Marcello Prémios David di Donatello (2020) Melhor Argumento Adaptado – Maurizio Braucci, Pietro Marcello LEFFEST – Lisbon & Sintra Film Festival (2019) Selecção Oficial fora de Competição Festival Internacional de Cinema da Flandres-Gante (2019) Prémio Especial do Júri de Melhor Realização – Pietro Marcello Festival de Cinema Europeu de Sevilha (2019) Giraldillo de Ouro de Melhor Filme Na Nápoles dos primeiros anos do século XX, o jovem marinheiro Martin Eden sonha tornar-se escritor e conquista o amor de uma estudante universitária da burguesia industrial graças às suas aspirações, mas, a determinada altura, sente estar a trair as suas próprias origens. Adaptado livremente do romance homónimo escrito por Jack London em 1909, Martin Eden conta a história “dos auto-didactas, de quem acreditou na cultura como instrumento de emancipação mas que, em parte, se desiludiu” (da nota de intenções). Les Inrocks Libération Télérama Transfuge aVoir-aLire.com Cuturopoing.com Positif L’Humanité Le Nouvel Observateur Paris Match Le Journal du Dimanche Elle Magazine.HD Comunidade Cultura e Arte Nota de intenções do realizador Martin Eden conta a nossa história, a história de pessoas que não foram educadas pelas suas famílias ou na escola, mas sim com aquilo que iam encontrando pelo caminho. É o romance dos auto-didactas, de quem acreditou na cultura como um instrumento de emancipação, mas que acabou por ficar em parte desiludido. No entanto, indo além desta primeira leitura, Martin Eden não só conta a história de um jovem proletário que se apaixona por uma rapariga de uma classe social mais elevada, começando assim um sonho de se tornar escritor, como também pinta o retrato de um artista de sucesso (um auto-retrato sombrio do próprio Jack London), que perde, inevitavelmente, o sentido da sua própria arte. Interpretámos livremente o romance de London e tomámos Martin Eden como um fresco que previa as perversões e tormentas do século XX, assim como os seus temas cruciais: a relação entre indivíduo e sociedade, o papel da cultura de massas, a luta de classes… No filme, a parábola do herói negativo criada por London abre com sequências do anarquista Errico Malatesta, traçando paralelos com as vidas e obras de uma série de escritores, poetas malditos do século XX, desde Vladimir Maiakovski a Stig Dagerman e Nora May French. Imaginámos o nosso Martin a atravessar o século XX, ou melhor, uma crase, uma transposição onírica para o século XX, sem restrições de tempo, não na Califórnia original do romance mas numa Nápoles que poderia ser qualquer cidade, em qualquer parte do mundo. “Aquilo que há de mais belo no Martin Eden de Pietro Marcello […] é o modo como a linguagem do cinema cria uma dança magnífica e fracassada, um encontro que não aconteceu: o encontro do seu herói com o mundo.” Elisabeth Franck-Dumas, Libération “Ver Martin Eden é como ver a Europa sonhar sobre as tragédias do século XX que parecem condenadas a repetir-se.” Cláudio Alves, Magazine.HD “Uma audaciosa adaptação da obra-prima de Jack London.” Télérama “Prémio Melhor Actor no festival de Veneza, Luca Marinelli, é uma verdadeira força da natureza.” The Hollywood Reporter “Poético, apaixonante, romanesco, romântico. E muito comovente.” Les Inrocks “Uma adaptação lírica do romance homónimo de Jack London, que dialoga com os dias de hoje.” Transfuge “Martin Eden narra uma história convencional da ascensão e queda do artista de forma subversiva, assente na carismática representação de Luca Marinelli, onde a arte se mistura com a política, influenciada por algo tão simples e puro quanto o amor entre um homem e uma mulher.” Comunidade Cultura e Arte “Martin Eden traz a vibração de um maravilhoso que inventa, que descobre. Por exemplo, veja-se a experiência que vai fazendo, ao contar a história deste jovem proletário que quer ser escritor, que quer transcender as suas origens pelo contacto com a beleza, que no conflito entre ‘fazer cultura’ ou ‘fazer política’ opta pelo primeiro; veja-se a experiência, dizia-se, com as imagens de arquivo, verdadeiras ou criadas pelo realizador: constroem um tempo histórico, que é todo o século XX e não uma década específica, e simultaneamente são o sismógrafo da aventura emocional de uma figura que se exalta com o seu individualismo, e que pode ser, como diz o realizador, ‘a história de tantos de nós’.” Vasco Câmara, Público