(1988) é um pintor e ilustrador do Porto. As suas pinturas figurativas exploram narrativas sobre a infância, escapismos, identidade e ansiedades do século XXI. Apropriando-se da lógica da narrativa das ilustrações, e da estética da banda desenhada e animação, o seu trabalho apresenta alegorias tragico-cómicas sobre a vida suburbana, medos e incertezas numa era de sobrecarga de informação. O seu trabalho centra-se na figura, e na sua relação com os outros e o mundo. As suas personagens são frutos da má utilização tecnológica, como mutações, cibernetização ou biohacking, exteriorizando de um ponto de vista pessoal e confessional as observações e conflitos internos do autor, utilizando uma linguagem próxima de um desenho animado para ilustrar narrativas por vezes mais soturnas. é a sua primeira exposição individual, e pretende ser o culminar da estética e linguagem visual que o artista tem vindo a desenvolver nos últimos anos. Apropriando-se do conceito de circo de Vaudeville e de Freak-Show, e das caravanas de Medicine Shows onde se vendia a banha da cobra e remédios para males sem cura, as suas personagens traçam um paralelismo entre e o quotidiano da contemporaneidade e estes shows burlescos do passado. Anjos caídos, mutantes ou cyborgs obsoletos, as personagens são simultaneamente os actores e o público destes eventos, automedicadas através de escapes e vícios para aliviar as suas incertezas, más decisões ou preocupações. (1988) is an illustrator and visual artist based in Porto. His figurative painting explore narratives about childhood, escapism, identity and the anxieties of the 21st century. His work appropriates the narrative logic of illustrations, cartoons and comics aestethic, presenting us with tragicomic allegories about the suburban life, fears and uncertainties in this era of information overload. His works are centered around the figure, and its relationship with the world and the others. His characters are often the result of misused technology, mutations, cybernetization or bio-hacking, externalizing from a personal and confessional point of view his observations and internal conflicts, and using an almost cartoon-like aesthetic to represent an often darker narrative. it's his first solo show, and it elaborates on the distinctive visual language and aesthetic he has been developing for the past years. The concept was born from the Vaudeville circus, Freak-Show and the traveling Medicine Show wagons, where they used to sell Snake oil and other “quack” medicine with questionable effectiveness. His characters create a parallelism between the daily-life addictions and this burlesque shows from the past. Between fallen angels, mutants or obsolete cyborgs, his characters are simultaneously the actors and the audience of the play, self-medicated through escapism and addictions to ease their uncertainties, anxieties and bad decisions.
