A fim de se rememorar uma das práticas seculares identitárias, vai-se realizar a 5 de março, pelas 18h30, no auditório do Museu da Cidade, uma palestra sobre a “Feira dos Moços” e um pequeno roteiro, por locais e tabernas emblemáticas do Centro Histórico.
A “Feira dos Moços”, prática que vigorou durante séculos, aos domingos, da parte da manhã, em lugares de memória como os “Arcos” e as antigas “Pontes” (atual Ponte-praça Humberto Delgado), realizava-se de 25 de março até finais do mês de abril, com o intuito, de se “ajustarem” os “moços” (aprendizes) para as marinhas de sal de Aveiro. Esta prática local persistiu até aos anos setenta do século transato.
O “ajustamento” ou contratação dos moços para as marinhas de sal, consistia na avaliação das apetências e das capacidades físicas dos candidatos para o exercício da profissão, na celebração do contrato verbal de trabalho entre marnoto e moço, que depois era selado nas tabernas locais como: a do Zé Bissa, a do Parreirinha, a do Freixo, a do Carlos Polícia, no Palhuça, na Bateira, entre outras.
A ação envolve o testemunho de marnotos e moços da ria de Aveiro.
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