Em Abril, mês em que Portugal celebra a liberdade política, com mais uma primavera da Revolução dos Cravos, o Colectivo Parêa e Janela Gestão de Projectos promovem a digressão político-artística Atravessamento - composta pela exibição do filme "Matheus", de Dea Ferraz, e a apresentação do monólogo "Martelada", com Cláudio Ferrario. Em Lisboa e Amsterdão. Na Fábrica Braço de Prata, "Martelada" terá sessão única, na Sala Foucault. Sinopse: Um velho guardador de mistérios divide suas histórias, memórias, sonhos e devaneios com os que passam por sua casa. Entre a loucura e a sanidade; entre a fantasia e a realidade, este homem é um velho "Mateus de Cavalo-marinho", protagonista de uma importante manifestação do Nordeste do Brasil. Reformado, já afastado da "brincadeira", ele retoma a energia do palhaço que foi, para encenar e reencenar seu inferno peculiar. Inspirado num relato feito por Martelo – um dos mais antigos Mateus de cavalo marinho de Pernambuco – o monólogo se conecta com a sabedoria popular de muitas figuras que nos cruzam o caminho e apresenta ao público uma história cheia de realismo fantástico. Mas o que é o inferno? E quantos de nós já passamos por lá? Ou, como diria o velho guardador de mistérios: aqui, querendo, a gente faz o céu, e querendo faz o inferno também. Às 22h30, na Sala Foucault 7,5€ | Dá acesso a todas as atracções da noite Transportes públicos Autocarros: 728, 781, 782 Comboio: Linha de Sintra, Estação Braço de Prata + biografia Cláudio Ferrario é actor e dramaturgo, que iniciou a carreira artística fazendo teatro de rua. Depois, dedicou-se ao teatro de palco, encenando inúmeras peças dirigidas por João Falcão. Em 1984, entrou na TV Viva, uma experiência pioneira na América Latina de produzir e exibir televisão na rua para comunidades de baixa renda. Deste período vieram vários prémios internacionais com o seu personagem mais marcante: Brivaldo. Participou de inúmeros projectos, entre eles: “Armação Ilimitada”, “Lisbela e o Prisioneiro” e “O Coronel e o Lobisomem”, com direcção de Guel Arraes. No cinema fez importantes filmes, como “Kuarup”; “Árido Movie”; “Deserto Feliz”; “Amores de Chumbo”; “Mateus”. Em 2014, escreveu e actuou no espectáculo “A Invenção da Palavra” e em 2016 escreveu e actuou no monólogo “Martelada”. Ambos ainda em circulação.
