Instituto Cultural Romeno Lisboa
Rua do Barão, 8-10 (perto da Sé Patriarcal de Lisboa) - Lisboa Ver website
No seguimento do sucesso de público alcançado pela exposição de pintura "Desaparecidos no paraíso" da autoria de Alina Gherasim, apresentada no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC) durante o mês de novembro do ano passado, a galeria do Instituto Cultural Romeno em Lisboa acolherá a mesma exposição entre 13 de fevereiro e 13 de março de 2020. A inauguração está marcada para quinta-feira, 13 de fevereiro, às 19h00, na Rua do Barão, no 10, Lisboa. A entrada é livre. A exposição, com curadoria da conhecida crítica de arte portuguesa Sofia Marçal, tem como ponto de partida a famosa coleção de contos e relatos - a "História Trágico-Marítima"-, reunida e publicada por Bernardo Gomes de Brito em 1735-1736, bem como as crónicas das grandes descobertas geográficas realizadas pelos navegadores portugueses (Fernão de Magalhães, Vasco da Gama, etc.). Alina Gherasim explora, segundo as regras das artes plásticas, o imaginário, a instrumentária, mas também as aventuras dos grandes exploradores lusitanos dos séculos XV - XVII, narradas nas obras literárias acima mencionadas. Ferramentas de navegação, objetos do inventário dos viajantes dos séculos passados ou elementos de iconografia trazidos à luz durante incursões quase arqueológicas nos antiquários lisboetas e presentes nos 28 trabalhos propostos aos visitantes da exposição (da aguarela e guache até ao acrílico sobre cartão, realizados especialmente para a exposição da MUHNAC), são pretextos para uma "viagem" plástica sui generis. Sobre o presente projeto, a artista refere o seguinte: "Pretendi entrar em diálogo com o desastre e o desespero da coragem incomensurável, para identificar o Paraíso microscópico que está a cada segundo em qualquer lugar, sem começo e sem fim. As minhas obras integram as ferramentas dos navegadores, soberbas e glaciais, muitas vezes testemunhas de naufrágios, outras vezes instrumentos de sucesso, mediante a posição do sol e a ajuda do destino. Fiquei interessada numa anatomia subtil do imprevisível, das coisas que parecem em ordem, mas que, ao mesmo tempo, estão sujeitas ao acaso. Como num jogo, como se o Céu entrasse numa dança com os seres viventes da terra, dando-lhes esperança ou desespero." Alina Gherasim licenciou-se em pintura pela Universidade Nacional de Artes Plásticas (UNARTE) de Bucareste, na classe do professor Henry Mavrodin. Desde 1992 participa em inúmeras exposições individuais e coletivas, de entre as quais assinalamos as mais recentes exposições individuais de Alina Gherasim: "A Arquitetura do Jardim" (Casa da Arte, Bucareste, 2013), "Rostos e Lugares" (Simeza, Bucareste, 2015), "Éden" (CMU Transilvânia, Brasov, 2017). Expôs juntamente com Marin Gherasim na galeria CALPE de Timisoara e no Instituto Cultural Romeno em Lisboa ("Jardins, Rostos, Edifícios", 2013 e respetivamente 2015) e em Nova Iorque („Memory – Continuity, RIVAA, 2016). Em Portugal, participou em exposições coletivas (organizadas pelo Instituto Cultural Romeno em Lisboa) “Desenhando Fernando Pessoa”, “As Máscaras do Poeta” (Lisboa, Casa Fernando Pessoa, 2014; Portalegre e Redondo, 2015), “Blouse Roumaine, Femme roumaine” (ICR Lisboa, 2015; Alter do Chão e Portalegre, 2016), "Azulejo na visão dos artistas romenos" (ICR Lisboa, 2016; Viana do Castelo, 2017; Viseu, 2018; Redondo, 2019), “A viagem do rinoceronte. De Bucareste a Lisboa via Nuremberga” (ICR Lisboa, 2019). Em novembro de 2019 teve a sua primeira exposição individual no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (MUHNAC).
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