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Ciclo Antena 2 ISEG - Lisboa

Ciclo Antena 2 ISEG - Lisboa

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A flauta transversal foi objeto de grande interesse e desenvolvimento na corte de Luís XIV e em poucas décadas viu a sua popularidade disseminada pelo continente europeu, com as primeiras obras específicas para o instrumento a serem publicadas nas primeiras décadas do século XVIII.

Os concertos op.10 de Antonio Vivaldi são as primeiras dessas publicações, obras onde a escrita é específica para flauta transversal solista. Inspirada em duas danças, uma árabe (da personagem Anitra, numa referência a Peer Gynt) e outra transmontana, a Fantasia para flauta e piano de Eurico Carrapatoso coloca também este instrumento em destaque.

Conclui-se o programa com o Quinteto para Piano e Cordas de Johannes Brahms, uma partitura que conheceu várias versões antes de se tornar numa das pérolas da sua música de câmara. Apesar do perfume cigano que emana do material temático, a obra mantém o caráter sério, quase trágico, típico do compositor alemão. Giulio Plotino, solista e concertino convidado de várias orquestras europeias, junta-se aqui ao Ensemble Darcos.


A. Vivaldi (1678 – 1741)
Concerto para flauta e cordas, em Ré Maior, op. 10 nº 3, Il Gardelino
I. Allegro
II. Cantabile
III. Allegro

Concerto para flauta e cordas, em Fá maior, op. 10 nº 1, La tempesta di mare
I. Allegro
II. Largo
III. Presto

E. Carrapatoso (n. 1962)
Fantasia para flauta e piano
I. Vivo
II. Lento (Canção sem palavras)
III. Dança de Anitra
IV. Vivo

J. Brahms (1833 – 1897)
Quinteto para piano e cordas, em Fá menor, op. 34
I. Allegro non troppo
II. Andante, un poco adagio
III. Scherzo - Allegro
IV. Finale – Poco sostenuto – Allegro non troppo



Nota: O concerto será transmitido em direto pela RDP - Antena 2

"A Música fala por si – mas será que ainda nos diz alguma coisa? É inegável que, na atualidade, a vida musical vive uma vida anacrónica, concentrada nos repertórios do passado e nas mesmas obras que são tocadas repetidamente. Essa existência extemporânea, desfasada da realidade atual, converteu o espetáculo musical numa experiência museológica. Mas, e a música de hoje? E os compositores vivos? Há uma desproporção gritante entre a ínfima quantidade de obras modernas programadas e a abundância de obras canónicas eternamente repisadas. Imagine-se uma vida literária em que continuássemos obsessivamente a editar e ler Balzac, Camilo ou Victor Hugo, e desprezássemos o António Lobo Antunes, a Hélia Correia, o José Luís Peixoto!Posto isto, gostava de deixar aqui um alerta para a necessidade urgente da música da tradição clássica se reinventar e se aproximar do espírito universal e eclético que hoje nos define. Filha de Mnemosine, a música é a arte do tempo por excelência, e exprime exemplarmente o tempo da memória e da nostalgia humana, mas para nós que estamos vivos, o tempo conjuga-se no presente. Não no passado, nem no futuro, mas no presente. Os devaneios futuristas de Wagner ou as quimeras proféticas de Schoenberg, não passam disso mesmo, utopias, mas na realidade refletem as aspirações do espírito progressista que definia a sua época e a sua atualidade. Sejamos também nós atuais, sejamos modernos e reinventemos um presente à nossa imagem. Quando olhamos para o passado vemos que a música deu provas de uma constante renovação, soube acompanhar o devir das sociedades e participar na construção do real. Dos tempos revolucionários de Beethoven, ao decadentismo fin de siècle da época de Debussy, a música foi efetivamente uma arte do presente e soube construir a sua própria contemporaneidade.A programação da Temporada Darcos 2020 reflete o nosso modesto contributo para des-ritualizar e revitalizar a vida musical, através do cruzamento de géneros, das fusões e da renúncia ao complexo de austeridade (ou antes, complexo de complexidade) que afetou negativamente a arte musical a partir de meados do século XX. Esta edição atravessará fronteiras – Hungria, Inglaterra e Itália – e incluirá uma série de concertos com grupos e solistas tão prestigiados como o Ensemble Darcos, a Orquestra da Ópera Estatal da Hungria, a Orquestra da Toscana, Ana Quintans, Sérgio Azevedo ou Maria João, entre muitos outros. O meu desejo é que esta década que agora começa nos possa trazer novos ventos e transformar a música atual num «novo classicismo», um classicismo irreverente, um classicismo Pop, um fenómeno fresco e sedutor que possa reanimar a vida musical e, quem sabe, lançar a semente do futuro." Nuno Côrte-Real, diretor artístico

Direção Artística: Nuno Côrte-Real
Consultor: Afonso Miranda
Textos: Susana Duarte
Produção Executiva: Sofia Teixeira
Assistente de Produção: Ricardo Ventura
Coordenação de Projetos: Manuel Lima
Relações Públicas e Assessoria de Imprensa: Débora Pereira
Contabilidade: Luís Silvestre
Imagem gráfica: Olga Moreira (a partir de fotografias de Jorge Carmona)
Comunicação e Imagem: Câmara Municipal de Torres Vedras

Organização
Câmara Municipal de Torres Vedras | Teatro-Cine de Torres Vedras | Temporada DarcosEstrutura financiada por
Ministério da Cultura | DGArtesApoio Institucional
Câmara Municipal de Lisboa | Câmara Municipal de Alenquer | Camões - Instituto da Cooperação e da LínguaParceiros
CCB | ISEG - Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa | Museu do DinheiroApoio à Divulgação
Antena 2 | Turismo de Lisboa | Turismo Centro Portugal Hotel Oficial
Hotel Golf Mar Apoio
Oeste Portugal | Dolce CampoReal Lisboa


Fonte: http://www.cm-tvedras.pt/agenda/detalhes/102635
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