Na quarta-feira passada, escutámos a actriz Natália Luiza sobre a sua experiência no mundo das artes performativas – enquanto actriz, enquanto encenadora, enquanto directora artística do Teatro Meridional. Esta esta semana vamos receber João Garcia Miguel, talvez aquele que, em Portugal, mais sistematicamente trabalhou e pensou o mundo da performance.
João Garcia Miguel há muito que escreve obras performativas, assim como ensaios sobre as várias dimensões do corpo no acto criativo. Em 2017 defendeu uma tese de doutoramento na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa precisamente com o título Performance, Corpo e Inconsciente. Nesta tese, é uma vida inteira dedicada à performance (os seus primeiros trabalhos são do início dos anos 80) que se transforma em laboratório teórico. Não nos podemos esquecer que o experimentalismo performativo de João Garcia Miguel esteve ligado à criação dos principais movimentos artísticos que, em Portugal, se reclamam da herança do movimento DaDa. JGM Foi , entre outras coisas, fundador do Canibalismo Cósmico, da Galeria Zé dos Bois e do Grupo de Teatro OLHO. Durante dois anos (2009-2011) dirigiu o ciclo de performance Epipiderme na Fábrica do Braço de Prata. Em 2014 recebeu o prémio de Melhor Encenação da SPA com Yerma de Garcia Lorca. Actualmente é presidente da Associação Teatro Ibérico e o director da Companhia residente João Garcia Miguel. É ainda director artístico do Teatro Cine de Torres Vedras.
Como habitualmente, a próxima sessão do Curso Livre de Filosofia será na quarta-feira, às 21h30, Sala Chaplin.
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