21:45 até às 23:00
Ermelinda do rio | teatro

Ermelinda do rio | teatro

Sáb, 22 fevereiro 2020 · 21:45 · Auditório 1

As cheias do Tejo, na década de 60, revisitadas na primeira pessoa, num espetáculo onde a memória se confirma sempre presente.

Nocturno para voz e concertina o subtítulo do testemunho dorido de quem perdeu grande parte da família na maior catástrofe natural em Portugal, desde o Terramoto de 1755. As cheias do Tejo, a 26 de novembro de 1967, no Ribatejo e arredores de Lisboa, serviram de inspiração para João Monge escrever, na primeira pessoa, um poema narrativo pelos olhos de uma menina e de sua mãe, que vivem a tragédia de sobreviver para assistir, impotentes, ao desaparecimento da sua família, de amigos, de conhecidos. E bastou uma noite de chuva como tantas outras para que, de madrugada, o mundo estivesse virado do avesso.
Maria João Luís, naquele dia com 4 anos, é uma dessas pessoas que, juntamente com pai, mãe e irmão, sobreviveram, mas muitos dos seus familiares desapareceram nessa noite. A noite do fim do mundo, como alguém lhe chamou, é ainda uma história mal contada. Ermelinda do Rio é um poema vivido pela atriz, que ela própria encena, numa auto-expiação dos seus fantasmas.

O Teatro da Terra, centro de criação artística, foi fundado em 2009 por Maria João Luís e Pedro Domingos, que se mudaram de Lisboa para Ponte de Sor com uma vontade muito grande de mudar de vida e com um ímpeto gigante de fazerem criação fora de Lisboa. O projeto, apoiado pela DGARTES e fortemente acarinhado pela comunidade local, é também um espaço de acolhimento de vários espetáculos e companhias, contando já com mais de 30 produções.
De uma entrevista de Maria João Luís para a Lux
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