Um dia parti à boleia pela Europa com uma mochila às costas e uma viola braguesa na mão. Foi ela minha companheira, confidente, ganha pão, ganha abrigos, chave para tantos sorrisos e moeda de troca para tanta bondade. Juntos cantámos zecas por ruelas e praças e, depois comecei a esconder a minha voz e a deixar a braguesa num tímido solilóquio. As primeiras músicas surgiram ainda pela estrada fora. Voltei a casa, à casa, e a música surgia-me no corpo, inquieta e urgente. Aos poucos tentei-a domesticar. Estes são os seus primeiros passos, o primeiro impacto cataclísmico e as réplicas que se seguiram nos últimos meses.
O João Diogo começou a tocar guitarra clássica em Gondomar, onde nasceu, e em torno desse instrumento fez a sua formação. Licenciou-se na Universidade de Évora e prosseguiu um mestrado no conservatório real de Haia. Foi vencedor do prémio jovens músicos (antena 2) em 2014 e atuou a solo e como solista com orquestras em salas como Gulbenkian, Casa da Música ou Coliseu do Porto. Entretanto, fez-se à estrada à boleia pela Europa com uma viola braguesa e, assim, começou a explorar esse cordofone. Nos últimos meses tem composto e procurado desenvolver uma identidade musical que brote naturalmente da sonoridade que o atraiu até esta viola. Em Janeiro de 2020 gravará o seu primeiro álbum.
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