18:00 até às 23:59
A Arte Pública como Caminho

A Arte Pública como Caminho

Conferência com José Guilherme Abreu.

Na Parábola da Cidade, Gautama compara-se a um homem que caminhando numa floresta deparou com uma antiga estrada. Seguindo-a, ele chegou às ruínas de uma cidade. Ao deixar a floresta, ele relata a sua descoberta ao rei local e recomenda lhe que reconstrua a cidade que de novo se tornou próspera, bem povoada, tendo tido crescimento e expansão. Esta história é uma das poucas vezes no canon que fornece uma pista de como o Buda vê o Dharma promulgado pelas estruturas do mundo. Ao comparar a antiga estrada da floresta com o nobre óctuplo caminho, ele implica que o fim do caminho não é a experiência transcendente do nirvana, obtida pela cessação da morte-renascimento, mas a construção de um outro tipo de sociedade, baseada na compreensão das quatro grandes tarefas como uma função do princípio da existência condicionada. (S. Batchelor, After Buddhism, p. 311) Partindo da ideia de Magga a quarta nobre verdade do budismo – o Óctuplo Caminho para a cessação do sofrimento, pelo despertar – falaremos na dimensão estética partilhada, como veículo para a construção de uma nova Cidade onde a vivência das Nobres Verdade se torne função privilegiada no seio da existência 
condicionada.

Nota Biográfica:
José Guilherme Abreu é doutor em História da Arte Contemporânea pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É professor convidado da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, e investigador do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes, da mesma Universidade. Integra o Comite Asesor Internacional da Revista EURE do Instituto de Estudios Urbanos da Pontificia Universidade Católica do Chile e o Consejo Asesor da Revista Arte Y Ciudad da Universidade Complutense de Madrid. É Secretário da Association Raymond Abellio de Recherches et Études (ARARE) sediada em Paris. Como investigador especializou-se em Arte Pública. É autor de livros e monografias, tendo a sua tese de doutoramento recebido o prémio Ignasi de Lecea de Arte Pública, atribuído pelo Centro de Investigação POLIS da Universitat de Barcelona, em 2009. Desde 2018, é Coordenador da Rede de Informação, Investigação e Intervenção de Arte Pública (R3iAP).
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