19:00 até às 21:55
PARA UMA VALSA LENTA #16 | Lígia Reyes & open mic

PARA UMA VALSA LENTA #16 | Lígia Reyes & open mic

noites de VALSA LENTA são encontros livres entre escritoras e leitoras. nessa décima sexta edição, temos o prazer de receber a poeta Lígia Reyes, autora de "Amor peixes e outras loucuras", publicado pela Editora Urutau em 2019.
a apresentação fica por conta da poeta Irma Estopiñà (Barcelona) <3

depois, como de costume, o micro será aberto, então tragam textos autorais ou de outras escritoras, para trocar! a nossa anfitriã, como sempre, é a querida Juliana Jardim

ah! e não esqueçam que também temos a incrível seleção de livros da Livros na Praça à venda :)

nessa noite, trocamos poemas, livros, contatos, abraços...
lembrando que o VALSA, acima de tudo, espaço de convívio multicultural e multi-usos com eventos, cursos e o que mais estiver no radar da criatividade! aqui todes são bem-vindes

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|||| mais sobre Lígia Reyes
A 30 de Agosto de 1990 um incêndio deflagrava na encosta da Serra da Estrela. Conseguia-se ver as chamas desde o quarto em que nascia Lígia Reyes. Foi sob o signo do fogo que desenvolveu a sua sensibilidade estética e poética, levando para o resto da vida o calor extremo, cobrindo a sua arte de elementos que queimam. Entre a criação e a destruição da sua obra literária vai um pequeno passo. Alguns dos escritos que se salvaram foram publicados em revistas literárias (“A Sul de Nenhum Norte”, “Apócrifa – PLEC 8” e em turco na “Türkiye Dil ve Edebiyat Derneği”). Participou no projeto artístico “Dark Parables” de Paulo Romão Brás. Foi convidada para apresentar a sua obra no International Young Writers Meeting na Turquia. Trabalhou como copywriter. Trabalha atualmente como copywriter.

|||| mais sobre Amor peixes e outras loucuras

Três temas se destacam ao longo desta obra: o esquecimento, a lucidez e a individualidade. Não fosse a segunda parte do livro apelidada de “outros exercícios de loucura”, pois sabemos que precisamente estas três componentes são parte essencial da identificação de um estado mental saudável. Contudo, a transfiguração da memória, o entendimento do que é ou não lúcido, assim como o respeito pelas individualidades são dimensões transversais a toda a gente. Não é só o sujeito poético que as atravessa, mas sim todos os leitores. Somos todos produtos de exercícios repetidos de loucura e de sentimentos absolutamente incompreensíveis, como os dos peixes. No poema “Noturno”, o sujeito poético fala das construções de abstração tridimensional como forma que cada ser humano tem de construir a sua realidade, “poemas exaltados sobre a nossa condição humana,/ mas frágil e de beleza vulnerável”. A poesia é encarada pelo sujeito poético como uma interpretação sempre do leitor, visível no poema “Estirpe”: “Revês um poema à espera de vislumbrar alguém;/és só tu, preso ao espelho em que te admiras”. O silêncio ensurdecedor do poema é reflexo da condição humana, do Amor Peixe, também ele indecifrável mas com tantas implicações emocionais. É o poeta apaixonado por um abismo que se atreve a metamorfosear o universo interior na forma poética. Nesta inércia física, o despertador é música que toca alarmando a cardíaca inércia uma vez que lá fora já é dia há muitos anos.
- Sara F. Costa

|||| mais sobre as novidades do VALSA 2020
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