Inserido no Acorda à Tarde Há uma canção de Luís Severo que poderia resumir a essência de todas as outras: amor e verdade. É o nome da canção e o mote para quase tudo o que Severo tem feito. Depois de dois discos, um independente, outro já com a Cuca Monga, que o consagraram como um dos cantautores mais emblemáticos da cena pop nacional, Luís Severo surge à terceira para afirmar que “O Sol Voltou”, não que alguma vez se tenha posto na sua música. Esta aurora toda para dizer que o miúdo “chegou bem” até aqui, entre o acústico e o eletrónico, o “pianinho” e a guitarra elétrica com que assertivamente se chega a temas de outros discos também neste ciclo que é de cordas, sejam elas apianadas, mais rasgadas ou mansas como as de “Domingo”, faixa deste último álbum. Nem de propósito, que é numa tarde de domingo que Severo se junta a nós para apresentar aquele que diz ser o seu disco mais confessional e pessoal, composto em total solidão, com mais amor, menos paixão, mais em família, menos em multidão, mas se mais em vida, também mais em morte. Sempre com amor. Como sempre, nele e no que é seu. Tudo verdade. 90'min 5,00€ M/6 Acorda à Tarde O Acorda à Tarde regressa para quatro tardes de domingo mais quentes. Como se as estações do ano não dependessem dos hemisférios, mas da hora a que acordamos. Embora seja para estender a manta, que o Laboratório das Artes é o nosso sofá nestes domingos, as propostas são tão calorosas que podemos falar de um microclima possível de dedilhar por eles. As cordas desta edição são para declarar amor e verdade, lembrar passos de samba, viajar no tempo ou falar sobre lugares sobre os quais é preciso dizer a verdade. Nós só temos que nos aninhar e ficar a ouvi-los.