Partindo de uma reescrita das palavras de Julieta de William Shakespeare, pretende-se um encontro num dilúvio, um sacrifício perante a espera, a exaustão e a impossibilidade de deixar de amar. O amor como acto revolucionário longe da escravatura das relações medíocres. A violência de todos os dias em que sentimos as grandes ausências monstruosas. O desejo como lugar de ruptura, o encontro como possibilidade e todos os segredos que transportamos na pelwe como vestígios de antigas experimentações. Deus pode surgir surpreendentemente na metafísica do obsceno. Eu só consigo acreditar num amante que saiba dançar, uma espécie de Zaratrustra em colapso, que leia Rimbaud como se aquelas palavras fossem minhas. O tempo é contado como num bordel. Julieta é um manifesto, o direito de sermos amados pelo que somos e não por aquilo que deveríamos ser. Amar até às últimas consequências sempre, submissão nunca.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.