JOHANNA TACET Johanna Beyer / John Cage / Drumming GP Música 20 Fevereiro 120 min Nova Iorque, anos 30. A cidade faz-se oficina do mundo. Edifícios que se esticam para o céu e as artes em expansão para o infinito. Entre a elite de compositores revolucionários, está a alemã Johanna Beyer. O primeiro punho a escrever música electrónica, Beyer lida e trabalha com os maiores pensadores do seu tempo. Uma compositora radical que imagina música a solo, de câmara e sinfónica, metade realidade, metade sonho. Nunca ouviste falar dela? Não admira. Quase ninguém ouviu. Na verdade, pouco mais se sabe sobre Johanna Beyer. Morre pobre e solitária em 1944 e o seu trabalho cai no esquecimento imediatamente após a sua morte. Em jargão musical, o termo latim tacet utiliza-se quando um instrumento não toca durante um período significativo de tempo. No caso de Johanna Beyer, a sua voz tem sido um tacet total. O seu pensamento pioneiro antecipou em muitos anos algumas das experiências mais ambiciosas da música, e nem assim persistiu na memória de ninguém. Johanna Beyer sempre era, afinal de contas, uma mulher à frente dos homens do seu tempo. Neste evento o Drumming GP irá dar ao mundo a estreia da última e mais ambiciosa obra de Johanna Beyer: Horizons. Esta partitura acorda de um tacet de 78 anos e toma a ribalta no LuxFrágil. Obras de Beyer serão tocadas lado a lado com obras do gigante do modernismo John Cage, num ensaio para a cartografia de ligações e influências entre os dois génios. Em Fevereiro, termina o tacet de Johanna Beyer. Abertura de portas: 21h30 Início do espectáculo: 22h00 #ABocaDoLobo https://bocadolobo.luxfragil.com/ Com ABSOLUT. ................................................................................................................. A Boca do Lobo é sobre utopia. É uma aventura em direcção a territórios desconhecidos de excitação e desafio. A Boca do Lobo existe porque a música clássica não pode estar viva se não for guiada pela descoberta e não pode ser real se não oferecer um lugar para cada pessoa. Onde é que a Boca do Lobo poderia encontrar a sua casa, senão no LuxFrágil, um espaço nascido da curiosidade ilimitada e da vontade de tornar a arte radicalmente acessível a todos? Dentro destas quatro paredes já se ouviu de tudo. Prince, Stockhausen, Nicolas Jaar, Carminho. Em poucos espaços foram tantas formas de expressão tão bem-vindas, de forma livre e sem restrições. No entanto, trazer música clássica para o LuxFrágil não é apenas uma questão de transpor a orquestra para a pista de dança. É também recontextualizar obras canónicas e trazê-las para a contemporaneidade. É inspirar novos significados na música e fazer dela caminho para pensar e sentir para além do quotidiano. É um acto de investimento nos sentidos, no repertório, no indivíduo e na comunidade. Mais que tudo, a Boca do Lobo serve para lembrar que toda a arte pode ser fórum para o melhoramento da experiência humana e que nenhuma questão deve ser deixada à margem. Com curadoria de Martim Sousa Tavares, a Boca do Lobo é um ciclo de seis eventos únicos que ocorre de janeiro a junho de 2020. A sua natureza irrepetível sublinha que estes acontecimentos, mais que meros concertos, são experiências onde a ligação entre espaço e tempo é insubstituível. Vão levantar-se questões, fluir ideias e a conversa deverá prosseguir. Terá continuidade num podcast, plataforma para o diálogo, a memória e a interpretação sobre tudo o que isto significa.