23:00
Vítor Rua + Miguel Sá + Marco Franco = SWEET VIOLENCE TRIO @ Lounge =

Vítor Rua + Miguel Sá + Marco Franco = SWEET VIOLENCE TRIO @ Lounge =

SWEET VIOLENCE TRIO

Vítor Rua: guitarra de 8 cordas
Miguel Sá: monotrons e monotribe
Marco Franco: percussão 

Quarta-feira, 5 de Fevereiro 
LOUNGE
Rua da Moeda, 1 - Lisboa.

"Não é necessário estarmos horas consecutivas a ouvirmos um rouxinol a cantar, para  nos encantarmos com a beleza do seu canto: um chilrear isolado é suficiente; uns segundos a escutar o som das cigarras é o bastante para nos deleitarmos com tão requintada textura; alguns instantes ouvindo as ondas do mar é relaxante.
Da mesma forma um acorde de piano pode seduzir-nos mesmo isolado de outros eventos sonoros; um arpejo de harpa, per se, pode impressionar os nossos sentidos; existe beleza numa nota grave “fluttertongue” produzida por um contrafagote.
É sobre estas isoladas “experiências” – onde cada evento é auto-suficiente e independente dos outros – que o espectáculo se concretiza.
Imaginemos uma música/performance que não tenha início – apenas começe – e não tenha fim – sómente páre; sem climax ou qualquer intenção de atingir um fim; uma música/performance que não crie expectativas, sem frases ou articulação; sem movimento ou direcção definidos; uma música/performance onde os eventos sonoros e performativos existam por eles mesmos em vez de participarem em qualquer progressão ou desejo de cadência.
O objectivo seria o de, a um “módulo performativo” acrescentarmos um outro, depois outro e ainda outro e por aí contiguamente, sem qualquer relação aparente entre eles, excepto o puro encanto de construírmos um abstracto encadeamento performativo.
A ordem dos eventos poderia ser definida – “close form” - ou não definida – “open form”; se os eventos performativos numa determinada performance se “colam” aos outros numa ordem em particular, então é porque essa ordem teria obviamente de influenciar ou mesmo constituír o sentido da própria obra: abstrações performáticas, movendo-se, criando tempo – tornando audível/visível o tempo!
O “tempo” na música é um “tempo virtual”; por contraste, a sequência de actuais e concretos acontecimentos, é um tempo absoluto.
Assim o “tempo”, tornar-se-ia o componente essencial para a compreensão deste espectáculo e o veículo pelo qual a performance faria um contacto profundo com o espírito humano.
Por conseguinte, os eventos performativos que formassem essa obra, tornar-se-iam num fluxo e não o “tempo” e a performance transformaria-se numa encadeada série de eventos que conteriam em si não só o “tempo” como o “modelariam” lentamente.
Esta obra seria entendida como uma sucessão de “momentos” sem direcção ou movimento definidos." - Vítor Rua
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