Os Persas de Ésquilo Leitura dirigida por Maria de Fátima Sousa Silva Será “pouco” recordar Ésquilo como um dos grandes criadores da tragédia grega, quando se trata do primeiro dramaturgo europeu. Ao invocá-lo, não é aos primórdios do género que recuamos, mesmo se Ésquilo representa para nós o princípio de um processo. É certo que no seu teatro o coro domina, as personagens são escassas, a ação tende à imobilidade; mas o efeito de tensão, criado sobre o 'como' de episódios de desfecho conhecido, nada tem de arcaico. Falamos já de teatro em sentido pleno. Persas é, na produção trágica como a conhecemos, um caso particular: porque, datada de 472 a. C., é a mais antiga das tragédias que conservamos; e porque, do conjunto de peças que nos chegaram, é a única a refletir acontecimentos históricos, mesmo se numa leitura marcada por um simbolismo mítico. O tema é a guerra, os beligerantes a Pérsia e a Grécia, os motivos aqueles que continuam a ser linhas de fronteira entre distintas geografias e culturas. Passados dois milénios e meio, os conflitos prosseguem os mesmos e o teatro preserva, intacta, a sua eterna magia… — Maria de Fátima Sousa e Silva O Clube de Leitura Teatral, a iniciativa que junta o Teatro Académico de Gil Vicente e A Escola da Noite, acontece mensalmente, com leituras informais dedicadas a textos de um dramaturgo/escritor. O objetivo é a divulgação, o conhecimento e a promoção da dramaturgia. Texto “Os Persas” de Ésquilo Leitura dirigida por Maria de Fátima Sousa Silva Coordenação Clube de Leitura Teatral António Augusto Barros, Sofia Lobo (A Escola da Noite), Fernando Matos Oliveira, Ricardo Correia (TAGV) Coprodução A Escola da Noite, TAGV Iniciativa integrada no LIPA — Laboratório de Investigação e Práticas Artística Fotografia Cláudia Morais Teatro da Cerca de São Bernardo duração aprox. 1h30 todos os públicos inscrições para leitores clube.leitura.teatral@gmail.com entrada livre