DA SAXÓNIA A BRANDEBURGO - BACH E A CORTE RÉGIA Orquestra Metropolitana de Lisboa Sábado, 29 de fevereiro, 21h00, Museu Nacional de Arte Antiga Wilhelm Friedemann Bach, filho primogénito de Johann Sebastian, foi simultaneamente organista virtuoso e compositor dotado, muito embora nos tenha chegado um número relativamente escasso de criações suas. Comparativamente aos irmãos Carl Philipp Emanuel e Johann Christian, o seu legado tem sido negligenciado pelos historiadores, muito embora lhes seja evidente a qualidade, assim como a sua importância enquanto testemunho da coexistência do virtuosismo contrapontístico, que lhe foi ensinado pelo pai, com os caminhos futuros que apontavam aos estilos clássico e romântico. Serviu as cidades de Dresden e Halle, e no final da vida tentou sem grande sucesso subsistir por conta própria. As suas duas obras aqui interpretadas pertencem ao período inicial. Primeiro, uma sinfonia que terá sido originalmente pensada para introduzir uma cantata a meio de uma missa. Depois, um concerto para dois cravos solistas com contornos expressivos e aparato orquestral mais generosos do que naquele que é o mais conhecido dos concertos para cravo de J. S. Bach, o BWV 1052 que também se junta neste programa. Temos, ainda, a oportunidade de ouvir a Sinfonia em Ré Maior do então Rei da Prússia, de 1743, a única composição sua que conheceu publicada. W. F. Bach - Sinfonia em Ré Menor, Adágio e Fuga, F. 65 J. S. Bach - Concerto para Cravo N.º 1, em Ré Menor, BWV 1052 Frederico O Grande - Sinfonia em Ré Maior W. F. Bach - Concerto para Dois Cravos, em Mi Bemol Maior, F. 46 Marcos Magalhães, cravo @Aapo Häkkinen, cravo e direção musical
