O artista é o coração da obra. É o motor que provoca o movimento singular do inevitável desejo de expressão. A obra enquanto percurso biomecânico, partindo de si próprio para um si mais próximo do si sonhado. A obra não como fim mas antes como princípio, princípio de uma certa imortalidade. E o que é o ato criativo se não essa turbulência, esse mergulhar no caos? E se o artista tem um sopro no coração, fica mais bamba a corda? E a sua obra passa a ser um eco que nos desassossega ainda mais? Uma rajada de vento que nos desperta para sonoridades profundas? E haverá lugar mais metafórico do que o Circo para lançar todas estas questões? Lugar onde o risco e a turbulência são iminentes, onde o intérprete se funde com a criação, onde a distância entre o belo e o trágico pode ser um simples piscar de olhos, ou ter a duração de um sopro. Lugar onde se fundem linguagens, lugar onde a vida explode, lugar bomba cardíaca. Sopros é assim, simultaneamente, uma celebração e uma reflexão sobre o gesto criador, sobre o artista e o seu público.
Ficha Artística e Técnica:
Direcção artística: Dolores de Matos; Luciano amarelo
Encenação e espaço cénico: Luciano Amarelo
Dramaturgia: João Pedro Azul
Interpretação: Diogo Santos e Donatello Brida
Composição musical: Donatello Brida
Desenho de Luz: Alexandre Nobre
Preços: 5,00 € Duração: 45 minutos Classificação etária: maiores de 6
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.