Museu do Oriente Avenida Brasília, Doca de Alcântara (Norte) - Lisboa
Inauguração | 12 Março 2020 Até 29 Agosto
Lugar privilegiado onde, desde tempos muito recuados, a Natureza foi entendida como expressão eloquente da divindade, a Arrábida é ainda hoje um dos centros espirituais da Península Ibérica. Nesse território que vai do Cabo Espichel aos limites de Setúbal, o culto e a cultura viram nesse espaço entre o mar e a montanha um "deserto" onde é possível ao Homem dialogar com Deus e consigo próprio, descobrindo o essencial da vida. A partir de 1539, o estabelecimento de uma comunidade de frades franciscanos observantes junto do santuário da Senhora da Arrábida deu renovada leitura a esse "paraíso". Até 1834 os eremitas arrábidos foram os melhores intérpretes de toda a envolvente do seu convento, descobrindo aí o Criador nas criaturas e encontrando entre o relevo e a vegetação uma expressão peculiar de ser cristão. De entre todos os frades, Frei Agostinho da Cruz (1540 - 1619) foi aquele que melhor exprimiu a essência da Arrábida e da sua espiritualidade numa poesia original. Comemorando os 400 anos da sua morte e os 480 do seu nascimento, esta exposição apresenta a Arrábida e a sua sacralidade. Guiados pelas suas palavras, desvendamo-la enquanto espaço de libertação.
Ruy Ventura | Comissário
No âmbito das comemorações do IV centenário da morte de Frei Agostinho da Cruz e 480º aniversário do seu nascimento.
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