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'No Porto de Leixões - Panorama'

"No Porto de Leixões - Panorama"

No Porto de Leixões - Panorama" é o primeiro episódio de uma série documental localizada no porto de Leixões, da autoria da realizadora Renata Sacho, que estreia dia 24, às 19h00, no Cinema Passos Manuel, no Porto.

O filme integra a Secção não competitiva “Cinema Falado” do Festival Porto Post Doc e a sessão conta com a presença da realizadora e da actriz Paula Garcia, que irá ler alguns excertos de textos sobre a construção do Porto de Leixões. 

No Porto de Leixões - Panorama é uma viagem sem diálogos no interior do porto de Leixões. Num movimento quase contínuo atravessamos a zona portuária e assistimos ao desenrolar das actividades portuárias enquanto escutamos o rebuliço das cidades circundantes.


NOTA DE INTENÇÕES
Sempre considerei a paisagem industrial portuária visualmente entusiasmante e as actividades portuárias de uma grande riqueza sonora. 

No Porto de Leixões - Panorama é o primeiro episódio de uma série documental localizada no porto de Leixões. O porto, construído junto à foz do rio Leça no final do século XIX, é a maior infraestrutura portuária artificial a Norte de Portugal, sendo enquadrado pelas povoações de Leça da Palmeira a Norte e Matosinhos a Sul. É um lugar vivo com características sonoras muito particulares, onde sons da cidade se misturam com a confusão sonora típica da proximidade do mar e da actividade portuária: gritos das gaivotas, o bater da água junto aos ancoradouros, as sirenes dos barcos-patrulha, os apitos dos navios, o som dos rádios de comunicações, o som das gruas e toda a maquinaria que opera no terminal de contentores. O que pretendo é reconstituir o Genius Loci** do porto de Leixões na projecção do filme numa sala de cinema.

O primeiro episódio, intitulado Panorama, é uma viagem de 27 minutos pelo porto que nos introduz a Leixões e às cidades circundantes: Matosinhos e Leça da Palmeira. Por outras palavras, e como o nome indica, é um panorama do porto (título que presta um simples tributo aos irmãos Lumière).  Sendo um filme sem diálogos, o som e a imagem tomam relevo para que possam ser completamente apreciados. Uma experiência sensorial se assim o entenderem. A direcção de fotografia é de Mário Castanheira. A fantástica banda sonora foi criada, com recurso a gravações no local, por Ricardo Leal (engenheiro de som) e Miguel Martins (montagem de som e mistura). A pós-produção de som teve um papel fundamental na obtenção e recriação de um tempo próprio do porto no filme, que desperta e agarra o espectador, transportando-o para a experiência de permanência naquele espaço, para os gestos e acções que são retratos. Renata Sancho

** espírito ou a atmosfera do lugar 


PORTO LEIXÕES
Janeiro 1924

 Chegamos tarde e é domingo
    O porto é um rio enfurecido
    Os pobres emigrantes que esperam que as autoridades 
venham a bordo são fortemente sacudidos nas pobres barcas
que sobem umas sobre as outras sem se afundar
    O porto tem um olho doente e outro vazado
    E uma enorme grua inclina-se como um canhão de longo
Alcance

In “Folhas de Viagem” de Blaise Cendrars



Ficha técnica
Realização - Renata Sancho
Direcção de Fotografia - Mário Castanheira
Engenheiro de Som - Ricardo Leal
Montagem de som e Mistura - Miguel Martins
Produção - Manuel Rocha da Silva
Co-produção - Renata Sancho e Cedro Plátano



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