Dia 20 de Novembro, comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra no Brasil. Essa data foi instituída oficialmente pela lei nº 12.529, de 10 de novembro de 2011, dia em que foi morto o líder do Quilombo dos Palmares, Zumbi, no ano de 1695. O Dia Nacional da Consciência Negra é, portanto, resultante da reivindicação de um símbolo histórico (Zumbi), o que nos faz realmente sentido. Essa reivindicação iniciou-se na década de 1970, quando o Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em congresso realizado em 1978, elegeu a figura de Zumbi como símbolo da luta e resistência dos escravos negros no Brasil durante o período de mais de 300 anos em que vigorou o sistema escravocrata. Esse ano completa 324 anos na morte de Zumbi, ele e outros símbolos de resistência serão discutidas por nós, lutaram e morreram em prol da liberdade, por igualdade de direitos e um país livre do racismo e suas mais variadas violências. Zumbi é revolucionário, é o resgate de uma história ignorada, é invocar a força de nossa ancestralidade. O Papo Preta propõe uma atividade para o dia 23 de Novembro de 2019 em parceria com a Casa do Brasil de Lisboa, com a Plataforma Geni e a Companhia de Dança Agadá. Consideramos essa instituição um espaço de aquilombamento, um lugar democrático que vêm acolhendo e promovendo diferentes discussões, principalmente pautas tão importantes para a diáspora brasileira. Para compor a atividade convidamos também alguns outros parceiros, a Plataforma Geni e a Companhia de Dança Agadá. A programação será composta por mesas de debates com convidados e uma performance artística. As mesas terão diferentes eixos de discussão. O Papo Preta é um projeto voltado para o bem-estar da comunidade negra. Fundado em 2016, utilizamos a psicologia como uma ferramenta poderosa para dar conta de peculiaridades nas diferentes vivências de pessoas negras. Entendemos o espaço terapêutico como um lugar seguro, de acolhimento e, além disso, um espaço político com várias possibilidades e nuances. São esses alguns facilitadores para a construção de estratégias de enfrentamento contra o racismo e discriminações, o fortalecimento da autoestima e o empoderamento da comunidade negra. O projeto aposta em promoção de diálogos, fóruns de discussão e psico educação. A psicologia a serviço da sociedade e rompendo as barreiras da clínica tradicional e da academia. PROGRAMAÇÃO 15:00 – ABERTURA DO EVENTO ( Mesa 1) - “Asiko yi ati awon igba kan”. Transmissão Psíquica entre gerações e comunidade negra. Psicólogas Claudina Damasceno Ozório (PUC-Rio) e Shenia Karlsson ( ISCSP- Lisboa) Mediadora Psicóloga Thaise Bagdeve (Nova Lisboa) 16:00 - CONFERÊNCIA ESPECIAL –“Eu quero ver quando Zumbi chegar!”: movimento negro/antirracista e historicidade. Escritor, Consultor e Professor Carlos Machado ( USP) mediador Antonio Marcos Doutorando em Educação Artística (Universidade de Lisboa) 17:00 –( Mesa 2)- Ativismo, Militância, Aquilombamento e Resistência: Zumbi está em todos nós. Angella Graça- INMUNE Ana Paula Costa- Plataforma Geni Maíra Zenun- Nêga Filmes Mamadou Ba- SOS Racismo Babalorisà Pedro Henrique Barbosa- Mérìn Ósun Mediadora Doutoranda Tathiane Mattos (ISCTE) 18:30 – CONFERÊNCIA 2 - Eu quero ver quando Zumbi chegar!”: movimento negro feminismo antirracista. Escritora Vilma Piedade ( UFRJ) Medidora Psicóloga Shenia Karlsson (ISCSP) 19:30 – ENCERRAMENTO Companhia de Dança Agadá e a cantora Negah Jaci.