Pedido de emprego - ou mesmo, procura-se emprego - Concentra-se sobre a intrincada malha estruturada de uma conversa familiar e de uma entrevista questionário de recrutamento para um emprego. Entre a desagregação da família (desempregado, mulher de desempregado, filha esquerdista) e a crueldade do diálogo com o empregador, as palavras que se trocam não têm outra função que não seja a de manter um espaço do qual a matéria desapareceu: o amor (familiar) e a competência (profissional). A família procura preservar a sua estrutura e o empregador testa, até que ela quebra, uma capacidade de integração numa sociedade. Os laços reais são substituídos pelo seu simulacro. Vinaver, numa nota prévia à edição inglesa, da Methuen Drama, diz: “A peça foi escrita em 1970, isto é:— dois anos após as agitações estudantis de maio de 68 e dos acontecimentos políticos decorrentes que quase derrubaram a quinta república francesa; A acção política radical prosseguiu nos anos seguintes, principalmente em escolas e universidades;— dois anos após a legalização do aborto no Reino Unido, e cinco anos que uma lei semelhante fosse votada em França. A acção da peça desenrola-se em Paris, na época em que foi escrita.” Esta nota é de 12 de abril de 1989.
O PEDIDO DE EMPREGO estará em cena na Sala Estúdio do Teatro da Rainha, até 23 de Novembro, de quarta a sábado às 21h30. Ficha Artística: Tradução | Luís Varela Encenação | António Afonso Parra Cenografia | Ana Gromicho Interpretação Wallace | José Carlos Faria Luísa | Inês Fouto Fage | Nuno Machado Natália | Mafalda Taveira
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