Sophia descreve o mundo, através do olhar dos mais pequenos, de uma forma sublime. O Trigo Limpo Teatro ACERT cria parte desse mundo neste espetáculo de teatro para todos, inspirando-se num livro da autora que faz parte do Plano Nacional de Leitura. “Florinda – disse o Rapaz de Bronze – vou-te ensinar um grande segredo: quando tu vires uma coisa acredita nela mesmo que todos digam que não é verdade. (…) As coisas extraordinárias e as coisas fantásticas também são verdadeiras…” Enquanto nos sentimos “pequenos” o mundo ainda nos fascina e os ciclos da vida ainda são diários, próximos da natureza e inscritos na memória coletiva… a água (toda ela: na fonte, no lago, no rio ou no mar) lembra-nos sempre, talvez inconscientemente, o ventre materno, esse lugar mágico onde voámos por dentro do estado líquido. O sol, as flores, os animais, o dia e a noite nascem e morrem lembrando-nos que somos efémeros. Enquanto nos sentimos “pequenos” reinamos, fazendo de conta, e tudo tem a magia dos sonhos, lembrando-nos que a realidade é também o que imaginamos. Texto - A partir de “A Floresta” de Sophia de Mello Breyner Andresen Dramaturgia e encenação - Pompeu José Assistência de encenação - Raquel Costa Interpretação - António Rebelo, Pedro Sousa e Sandra Santos Cenário e grafismo - Zé Tavares Música - Paulo Nuno Martins Figurinos - Adriana Ventura Desenho de Luz e Técnica - Paulo Neto Sonoplastia - Luís Viegas
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