Fome é a alegoria de uma possível viagem ao interior do estúdio de Rui Serra, o lugar onde o tempo se torna espaço. A austeridade da penúmbra que recai sobre a idiossincrasia histórica e arquitetónica do espaço expositivo é interrompida pela iluminação frugal que sublinha duas presenças atuais, a de uma nova pintura Eva Antiquíssima e a do modelo tri-dimensional A Minha Espada do atelier do artista, convidando e compelindo o observador a deambular num espaço apropriado pelo tempo no qual, através da associação concetual entre estes elementos por via da intencionalidade da relação espacial estabelecida entre ambos e da iconografia do signo histórico visual e escrito com que ambos são inscritos, é articulado um mapa de referências a alguns dos antagonismos mais ancestrais e essenciais dos comportamentos, emoções e sensações adstritos à condição humana.
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.
