QUINTETO DE SOPROS Solistas da Metropolitana Sexta-feira, 18 de outubro, 13h00 Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa (Átrio da Entrada) O quinteto que reúne a flauta, o oboé, o clarinete, o fagote e a trompa é uma formação que desafia qualquer compositor. São cinco timbres com identidades vincadas, o que dificulta uma combinação harmoniosa. Impõe-se, por isso, encontrar estratégias de coexistência. Luca Francesconi, Eurico Carrapatoso e Carl Nielsen fizeram-no, e ainda que tenham enveredado por caminhos muito diferentes, todos encontraram soluções. O Op. 43 de Nielsen, que encerra este programa, data de 1922 e tornou-se numa partitura lapidar do repertório para este agrupamento. Com um estilo de escrita eminentemente clássico, as diferentes partes instrumentais foram pensadas para cada um dos músicos do Quinteto de Sopros de Copenhaga, quase permitindo distinguir as suas personalidades. Mais recentes, os quintetos dos compositores italiano e português não poderiam ser mais contrastantes. Em Attesa (Espera), de 1888, Francesconi optou por uma escrita textural, enredando o ouvinte em manchas sonoras de sugestão elíptica em que as dinâmicas instrumentais ora se fundem entre si ora se afastam em motivos esparsos e imprevisíveis. Por sua vez, Eurico Carrapatoso compôs em 2000 as Cinco Miniaturas, cinco breves apontamentos de pendor polifónico que respiram a música tradicional do nosso país. Luca Francesconi* - Attesa Eurico Carrapatoso - Cinco Miniaturas, Op. 25 Carl Nielsen - Quinteto de Sopros, Op. 43 Nuno Inácio, flauta Sara Dias, oboé Jorge Camacho, clarinete Lurdes Carneiro, fagote Daniel Canas, trompa (*) Artista Associado à Temporada da Metropolitana 2019/2020 #Entradalivre