Adaptação, Dramaturgia e Encenação | Miguel Maia, partir de vários textos (O Barão, de Branquinho da Fonseca, Portas da Percepção, de Aldous Huxley, O Olho, de Georges Bataille, entre outros). Interpretação e co-criação | Inês Garrido, Isac Graça, Rita Marques e Telmo Mendes Vídeo e projeção | Mário Jerónimo Negrão Direção de produção | Leonor Buescu Assessoria de Imprensa | Mafalda Simões Design | Eduardo Trave Espaço Cénico | Miguel Maia Figurinos | Sofia Lima Desenho de Luz | Manuel Abrantes Operação de Luz | Tomás Torres Fotografia | Sónia Godinho Registo vídeo | Mário Jerónimo Negrão Duração prevista | 1h45m Classificação Etária M/14 Apoios | MarvãoGest | Fundação GDA | Fundação Gulbenkian | Armazém 16 | I.F.I.C.T. Porto | no Passos Manuel a 10 e 11 de Outubro de 2019 Preço: 8€ / 5€ (estudantes/profissionais do espectáculo) Reservas em: www.cepatorta.org/barao + info por companhia@cepatorta.org | 963 567 553 Estão cinco performers diante de nós, em palco. Vieram contar-nos a história de O Barão, um conto de Branquinho da Fonseca. Estão preparados, a atestar pela forma como nos olham, expectantes, à procura, com pupilas muito abertas, como animais preparados para um ataque. Estão ali com um propósito, todos os dias, o de encontrar o desejo. A pulsão que os habita, o lugar escondido a que nem sempre conseguem aceder. Recorrem então ao conto d’O Barão porque sabem que nesta história há um inspector que não gosta de viajar e que preza em demasia o seu estatuto, e um excêntrico Barão, de passado obscuro e paixões perdidas. Através da manipulação de histórias pessoais estimuladas pelo cruzamento com textos de Aldous Huxley e de Georges Bataille, entre outros, contaremos a história do Barão para nela nos projectarmos e nos dispormos a encontrar, nem que por breves segundos, a ponte que nos levará ao lado do desejo puro, da contemplação despudorada do belo que nos rodeia. Estaremos em cena completos, totais, disponíveis. Prontos para experimentar, mas com a noção constante de que isto é um espectáculo. Estaremos no palco e, nesse lugar sagrado, seremos pessoas-personagem. Todos os caminhos estão em aberto, quando, num palco, misturamos actores e desejo.