Palestra: O caminho para a felicidade

Sou um terapeuta da alma desde 1975 com uma filosofia: curar a pessoa e não a doença. Possuo uma longa experiência de saber-saber, saber-fazer, saber-estar e saber-ser e não duvido que sou uma pessoa bio-psico-histórico-social-cultural-económico-político-espiritual-religioso-metafísico e transpessoal. Ou seja, sou um ser-humano: uma pessoa holística que tem um corpo que incorpora uma alma (com emoções positivas e negativas, uma mente com pensamentos, recordações, memórias, cognição) e uma espiritualidade. Todos nós nascemos com sombras ou feridas emocionais para serem resolvidas, apreendidas, aceites nesta vida (renascimentos e/ou reencarnações).

Vaclav Havel arrolava: “a salvação do nosso mundo encontra-se no coração das pessoas, na sua humildade, responsabilidade e capacidade de reflexão”. Eu, dir-te-ei: cuida-te com amor, relaxa e encontrarás o caminho da felicidade. Sei que em cada um de vós existe sabedoria, criatividade, bondade, humildade, amor, carinho, irmandade (...). Urge, apenas, desenvolver o vosso potencial para encontrarem o caminho da felicidade. 

Modernamente, temos um estilo de vida “stressante”, corremos de um lado para o outro, com compromissos cada vez maiores, requerendo de cada um de nós, uma maior atenção para com a nossa saúde. Se olvidarmos os avisos do nosso corpo iremos com o tempo pagar um preço elevado: a doença física e/ou mental (espiritual).

O nosso organismo (corpo) foi concebido para combater qualquer ameaça, perigo ou flagelo. O nosso segundo cérebro (intestinos) e o cérebro propriamente dito (a mente, a mente que mente e quando mente coloca-nos de-mente e para não ficar demente constrói a mente+ira que é a mentira) interpreta que o corpo está em perigo e fabrica um conjunto de substâncias químicas (neuropeptídeos) para que o corpo lute ou fuja das ameaças. Ou seja, são as emoções, do dia a dia, que ao ativar os mecanismos de defesa enfraquecem a mente e fazem com que o corpo adoeça. Quando adoecemos somos “ensinados” a olhar para além do corpo à procura da causa do sintoma ou da doença (vírus, bactérias, parasitas, micróbios, a atmosfera, etc.) quando, devíamos aprender que o corpo fala à alma por meio do desconforto, da dor e do sofrimento.

O sintoma e a doença surgem porque não olhamos para dentro do corpo. O corpo expressa-se até de vibrações, sensações, sons e emoções. Nascemos com um livro de instruções que está dentro do nosso corpo e na pele. Olhar para fora do corpo nunca irá solucionar o problema da deformação corporal e/ou da doença física e/ou mental (para um terapeuta da alma não há doenças mentais. A doença é sempre psico-espiritual). Qualquer sintoma ou doença é sinónimo de um bloqueio nas nossas emoções.
Urge sermos responsáveis pelas nossas doenças e deixar de culpar o stresse, a família, a sociedade, o trabalho, o ambiente, os micróbios, os parasitas e afins.

O sintoma e a doença são, quase sempre, a falta de amor-próprio. Todo o sintoma é sinal que não somos aceites e amados ou que não nos amamos. A alma imprime no corpo a doença através de sintomas. E, o corpo espelha o problema da alma. Assim, um órgão ou uma função corporal em conflito com a alma responde psiquicamente a uma situação conflituosa (emocional) como sentida biologicamente ameaçadora. O sintoma e a doença são conflitos da alma que sofre porque temos feridas que têm de ser curadas (rejeição, injustiça, traição, humilhação, abandono, etc.).
O sintoma e a doença dizem-te: Escuta o teu corpo e ama-te. Se não escutares o teu corpo e não souberes amar-te não poderás ser feliz.

O terapeuta da alma possui uma arte e uma ciência para examinar os diferentes conflitos, como os sintomas, as doenças, os desconfortos, o mal-estar, do ponto de vista da tensão que acontece entre o corpo e a alma. O terapeuta da alma sabe reconhecer que o sintoma e a doença não é de natureza física mas sim afetiva, amorativa e emocional.

É tempo das pessoas cuidarem de si com amor e amarem-se. Viver a vida dos outros é tão fácil. Viver e cuidar da nossa trajetória vital, às vezes, é tão complicado e ardiloso porque a nossa criança salvadora ou vitimizada não sabe fazer outra coisa do que servir ou sofrer.

Cuidem-se com amor! Dr. Joaquim Parra Marujo

Joaquim Parra Marujo, MD, PhD 
Diretor do Departamento de Psicologia  Integrativa Transpessoal, no Instituto de Esudos Universitários Europeus
Membro nº 092508-5112 da IACT – International Association os Counselors and Therapists 
Membro nº 2012-612 da Global Ageing Research Network (IAGG´s – GARN)
Membro nº 20046, da Sociedade Portuguesa de Geografia 
Membro da New York Academy os Sciences 
Membro da International Society for Gerontechnology 

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