É difícil falar da (vital) cena de dança de São Francisco sem mencionar o nome de Solar, hoje um veterano que ajudou a moldar o som desafiante e a ética DYI que domina o panorama da cidade. Foi, claro, na São Francisco que o viu crescer que aperfeiçoou a sua sensibilidade ímpar para misturar música de coordenadas tão diferentes como a Alemanha dos 80s ou a Detroit actual. Há mais de duas décadas que faz a sua coisa, tantos nas festas que criou - Sunset Sound System e No Way Back - como em horas de vôo enquanto warm-up DJ e em residências humildes a dias menos populares como o domingo. Mas é isto, em larga medida, que faz um DJ - o espaço para respirar, encontrar uma voz, e ganhar a confiança de fazê-la ouvir-se, inteira. Nos dias que correm é citado por muitos dos melhores DJs do mundo como um favorito, e tem dado provas disso em plataformas tão sólidas como o festival holandês Dekmantel ou o já lendário programa de rádio Nova Iorquino Beats In Space. Nos seus sets, pinta o seu próprio pôr-do-dol californiano com tons techno, electro, industrial, EBM e house, trazendo sempre novidade e descoberta para a mesa sem soar gratuitamente alienígena, mas antes aventureiro e familiar em medidas iguais. Texto: Inês Coutinho ----- ENGLISH ----- It's hard to talk about the (vital) San Francisco dance scene without mentioning Solar's name, a true veteran who helped shape the defying sound and DIY ethics that dominate the city's landscape. It was in the San Francisco that saw him grow that he perfected his unique sensibility to blend music from such different coordinates as 80s Germany or today's Detroit. He's been doing his thing for over two decades, both in the parties that he's created - Sunset Sound System and No Way Back - as well as through booth hours as a warm-up DJ or in humble residencies in less popular days like sundays. But it's precisely this that makes a DJ - the space to breathe, to find a voice and to build the confidence to make it be wholly heard. Today he's cited as a favourite by many of the world's best DJs, and has proved his worth in platforms as solid as Dutch festival Dekmantel or the now-legendary New York show Beats In Space. In his sets, he paints his own californian sunset with techno, electro, industrial, EBM and house tones, bringing freshness and discovery to the table while not sounding gratuitously alien, but rather adventurous and familiar in equal measures.
