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LITERATURAS DE MACAU PÓS-1999

Terça | 5 Novembro 2019 | Sala Beijing
Horário | 14.30 às 19.00
Entrada gratuita, sujeita a inscrição

No âmbito das celebrações dos 20 anos da transferência da administração portuguesa de Macau para a China, o Centro de Estudos Comparatistas, em parceria com a Fundação Oriente, assinala o evento com uma jornada literária dedicada às literaturas de Macau pós-1999. Escritores e críticos reúnem-se para conversar sobre essas literaturas e sua complexidade, ao mesmo tempo que se farão leituras evocativas dos imaginários dessas literaturas de Macau e seus autores (de línguas portuguesa, inglesa e chinesa).

Organização | Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa */ Fundação Oriente

PROGRAMA
14:30 – 14:40 | Abertura

14:40 – 16:30 | MACAU: VISÕES QUE NOS HABITAM
Moderadora/oradora: ANA PAULA LABORINHO
  • CARLOS MORAIS JOSÉ, “Macau depois de 1999”
  • FERNANDA DIAS, “Recontar Ling Ling. Memória descritiva de cartazes perdidos”

16:30 – 17:00 | Coffee break

17:00 – 18:40 | MACAU: ENTRE CRÍTICA E CRIAÇÃO
Moderadora/oradora: FERNANDA GIL COSTA
  • GUSTAVO INFANTE, “Literatura de Macau de expressão portuguesa: localizar, mapear e escrever”
  • JORGE ARRIMAR, “O primeiro encontro de poetas de Macau. Ecos e silêncios”
  • ROSA VIEIRA DE ALMEIDA, “Literatura do período de transição e o espectro da ‘extinção’ como marca do nativo”

18:50 – 19:00 | Encerramento

As intervenções serão entrecortadas com a leitura de poemas e fragmentos de prosa representativos das diversas literaturas de Macau (em línguas portuguesa, inglesa e chinesa). O evento conta, para isso, com o apoio do Instituto Confúcio.

* Esta jornada insere-se no âmbito das atividades da equipa de investigação ORIENTALISMO PORTUGUÊS (grupo LOCUS) do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (UID/ELT/0509/2019).

Organização | Ana Paula Laborinho, Ariadne Nunes, Duarte D. Braga, Fernanda Gil Costa, Marta Pacheco Pinto

ANA PAULA LABORINHO
Mestre em Literatura Francesa e Doutorada em Estudos Literários pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Ana Paula Laborinho leciona nesta instituição e é membro do Centro de Estudos Comparatistas, onde fundou uma linha de investigação sobre Orientalismo Português. Em 1988, foi requisitada pelo Governo de Macau para exercer funções no Instituto Cultural de Macau, onde coordenou os Leitorados de Português na Ásia, dirigiu o Departamento de Formação e Investigação e instalou os Serviços Culturais das Embaixadas de Portugal em Nova Deli, Banguecoque, Pequim, Seul e Tóquio. Foi docente da Universidade de Macau entre 1990 e 1992. Em 1996, foi nomeada presidente do Instituto Português do Oriente (IPOR), sediado em Macau. Acompanhou o período de transferência da administração de Macau de Portugal para a República Popular da China. Entre 2010 e 2017 foi presidente do Instituto Camões e é, desde novembro de 2017, diretora em Portugal da OEI, Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, Ciência e Cultura. Foi já agraciada com a Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas, no Grau Ouro, pelo Governo da República Portuguesa (2015). É oficial da Ordem das Palmas Académicas da República Francesa (2012). Recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Território de Macau (1999). Em 2010, coeditou Macau nas Escritas, Escritas de Macau.

CARLOS MORAIS JOSÉ
Licenciado em Antropologia, Carlos Morais José vive em Macau desde 1990. Trabalha em jornalismo, publicidade e edições. É, atualmente, diretor do jornal Hoje Macau e responsável por uma editora. Tem inúmeras obras publicadas, e em diferentes géneros, entre as quais: Porto Interior (1992); A Coluna da Saudade (1994); Caze – Um Caso de Ópio (banda desenhada, 1997); Macau – o Livro dos Nomes (2010); Visitações (2013). O Arquivo das Confissões, primeiro romance e décimo título da sua bibliografia, foi publicado em Macau em 2016 e foi já traduzido para inglês.

FERNANDA DAS MERCÊS DIAS
Residente de Macau desde 1986. Publicou poesia, ficção e tradução em co-autoria com a investigadora doutora Lee Shuk Yee. Manteve paralelamente atividade como artista plástica. Em março de 2017 defendeu uma tese de mestrado em Comunicação, Cultura e Artes, especialização em Estudos Culturais, na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve. O seu mais recente livro, O Mapa Esquivo (poemas), editado pela Livros do Oriente em 2016, inspira-se na cidade de Macau.

FERNANDA GIL COSTA
Professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), Fernanda Gil Costa doutorou-se em Literatura Alemã em 1987. Entre 1999 e 2001 foi diretora da FLUL e de 2003 a 2005 presidiu ao seu conselho científico. Entre 2012 e 2016 foi diretora do Departamento de Português da Universidade de Macau (UM). É membro do Centro de Estudos Comparatistas da FLUL e acaba de publicar o livro Recuperar Macau – A sobrevida das letras em português na cidade chinesa de Macau.

GUSTAVO INFANTE
Gustavo Infante é teaching fellow na Universidade de Bristol. Doutorado em Literatura Comparada pela mesma universidade, com uma tese sobre os vários papéis do espaço rural em Miguel Torga e Han Shaogong, tem desenvolvido pesquisa na área das literaturas de Macau, bem como no âmbito de literatura e ditadura. Além disso, é membro do grupo de investigação Res Sinicae, do Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

JORGE ARRIMAR
Jorge [Manuel de Abreu] Arrimar nasceu em Angola e foi viver para Macau em 1985. Aqui organizou a biblioteca do Complexo Escolar de Macau (1986) e, em 1986/87, assumiu as funções de diretor da Biblioteca Nacional de Macau, cargo que manteve até 1998. É autor de vários trabalhos na área da História e das Bibliotecas, nomeadamente A Biblioteca Central de Macau (ICM, 1992), Influência e Poder do Ouvidor Arriaga (ICM, 2014), António José da Costa: uma voz dissonante (ICM, 2014). Publicou, entre outros, os seguintes livros de poesia: Fonte do Lilau (Livros do Oriente, 1990), Secretos Sinais (ICM, 1992), Confluências (IOM, 1997, com Yao Jingming); Antologia de Poetas de Macau (ICM, 1999, coord. com Yao Jingming), Rotas Circulares (Gradiva, 2017). A sua obra consta das antologias seguintes: De Longe a China (1996), Antologia de Poetas de Macau (1998), I Roll the Dice – Contemporary Macao Poetry (2008), Poetas da Ásia Portuguesa (2013). Foi membro da comissão organizadora do I Encontro de Poetas de Macau (dez. 1994) e participou no Ciclo de Poetas de Macau, da responsabilidade da Delegação Económica e Comercial de Macau, em Lisboa (2007). Foi agraciado pelo Governador de Macau com a Medalha de Mérito Cultural (1997).

ROSA VIEIRA DE ALMEIDA
Rosa Vieira de Almeida é lecturer em Estudos Internacionais na Universidade de Leiden. Doutorou-se em Literatura Chinesa pela Universidade de Yale (2018) com uma tese sobre a literatura de Macau no período de transição. Interessa-se sobretudo por questões ligadas à diáspora, (pós)colonialismo e marginalidade literária. O seu mais recente trabalho, sobre o conceito de “insignificância” na poesia de Yiling, vai ser publicado pela Routledge no volume Imagined China (2020, coord. de Carlos Rojas e Mei-hwa Sung).


Fonte: http://www.museudooriente.pt/3640/literaturas-de-macau-pos-1999.htm
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